sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

GENERALIDADES







Israel Granville

GENEALOGIA


Imigrantes Italianos

VENETI NEL MONDO

Alexandre Granvil Souza
Produção capa e contracapa

Liége Mallmann Granville
Revisão textos Português

Dirce Teresinha Martinelli
Revisão textos Italiano

Gráfica Berthier
Capa, Editoração e Impressão

G765g Granville, Israel
Genealogia : imigrantes italianos / Israel Granville.

– Passo Fundo: Berthier, 2010.

412 p. : il. ; 23 cm.

1. Italianos – Rio Grande do Sul – História.

2. Imigrantes – História. 3. Genealogia. I. Título:

 Veneti nel mondo. II. Título.

ISBN 978-85-7912-043-5

CDU: 929.5

Pedido de livro:

Israel Granville

Rua Bernardo Paz, 17, Sala 211 – Centro

99500-000 – Carazinho, RS




Tel. 0xx 54 3330.2883 – Com. 0xx 54 3331.4745




Cel. 0xx 54 9981.2135 - E-mail: granvil@terra.com.br







 VENETI NEL MONDO: Tanto o título, quanto os subtítulos VICENTINI NEL MONDO e PADOVANI NEL MONDO tem um único objetivo de lembrar/recordar/homenagear a região de onde são originários os ancestrais das famílias. Na verdade, são todos italianos, como eu também me considero especialmente depois de reconhecida a minha "cittadinanza" Italiana.

Bibliotecária responsável Schirlei T. da Silva Vaz - CRB 10/1364

PREFÁCIO


É indiscutível que a passagem do ser humano pela vida, deixa sempre as suas marcas. A busca, a sistematização e o registro dessas “marcas” dentro das famílias, constituem os objetivos primeiros da genealogia que, pesquisando a origem, a evolução e a disseminação das famílias, se coloca como uma importante ciência auxiliar da História.

Durante muito tempo a emigração italiana foi vista como uma chaga que tanto o estado italiano, que promoveu a industrialização e a consequente modernização do país à custa do empobrecimento da população, como as famílias envolvidas, dilaceradas pela traumática separação, tinham vergonha de abordar.

Felizmente, antes que o tempo apagasse completamente os vestígios da saga desses desbravadores, seus descendentes, entendendo a importância deste movimento migratório, começaram a trabalhar para a preservação da memória da imigração italiana para o nosso País, onde cerca de 30 milhões de “oriundi” estão espalhados, principalmente nos estados do sul e do sudeste, constituindo-se numa das maiores populações de italianos fora da Itália.

A já extensa bibliografia existente no sul do Brasil sobre o assunto, agora enriquecida com esta segunda obra do autor, sem nenhuma dúvida, é resultado desta conscientização que tem fornecido elementos para o engrandecimento do banco de dados que o Instituto Genealógico do RS está implantando em parceria com o Departamento de Genealogia da Sociedade Italiana “Massolin de Fiori” de Porto Alegre.

Mas, como dizia o nosso saudoso Frei Rovílio Costa, a cada nova obra que surgia: “não é apenas mais uma história de família italiana”!

É a História de uma família de imigrantes com a relação dos seus descendentes até os nossos dias e suas vinculações com inúmeras outras famílias.

Como tivemos a oportunidade de acompanhar grande parte do trabalho do autor, com quem trocamos informações de longa data, podemos testemunhar o empenho e a profundidade com que foram conduzidas as suas pesquisas tanto no Brasil como na Itália.

A genealogia italiana gaúcha está de parabéns com a publicação das pesquisas do Israel Granville.

Carlos Henrique Rezende Nozari



AGRADECIMENTOS

Constitui sempre tarefa das mais difíceis agradecer a todos aqueles que contribuíram para deixar registrada, neste livro, a história dos antepassados e dos seus descendentes.

As dificuldades para conseguir os dados, especialmente dos antepassados e dos seus próprios descendentes é trabalho que precisa de muita paciência e só possível de realizar com a participação de muitas pessoas.

Muitos já foram citados neste livro. Merecem, todavia, ser destacados pelo interesse e contribuição mais ampla, sem que ordem possa significar qual a mais importante, os seguintes colaboradores, começando pelos nossos patrícios, além-mar, que ajudaram a descobrir as origens das famílias na Itália.

Inicio agradecendo o trabalho desenvolvido pela Associazzione Vicentini Nel Mondo, muito bem representada por Patrizia Bombi. Incansável e interessada constitui-se em colaboradora excepcional na construção da história das famílias.

Archivio di stato di Padova, na pessoa de Adriano Zattarin, que além de descobrir a origem da família Gottardo, originaria de Selvazzano Dentro, forneceu valiosas informações de como obter os documentos dos antepassados no município. Merece, por isso, um agradecimento especial.

Ufficio dello Stato Civele del comune di Padova, representado pela Oficial Maria Emilia Salami, que prestou importantes informações com objetivo de descobrir a origem das famílias na Itália.

Archivio di Stato di Vicenza, na pessoa de Maria Luigia De Gregório, que forneceu informações preciosas sobre a origem da família Salva.

Agradecer ao Dott. Paolo Fortin – (Sindaco) – Prefeito de Selvazzano Dentro, PD, pelo envio de fotos e outros documentos da cidade, que foram inseridos no livro. Os Selvazzanezi no mundo, em particular no Brasil, estão alegres, satisfeitos e agradecidos pela atenção e gentileza do seu representante máximo.

Odacir Contini Salva, pessoa gentil, atenciosa e interessada na preservação da memória e da história da família Salva. Descendente de Antônio Concato Salva e Josephina Capelari (Cappellari) Mezzalira, seu empenho na construção da árvore da família Salva, merece mais que um agradecimento, merece um louvor especial, que deve ser estendido à filha Aline e demais familiares. É o responsável direto na construção da enorme árvore genealógica da sua família;

Daiane Maria Basso Salva. Apesar de muito jovem, constitui-se em colaboradora que merece, também, um agradecimento especial. Interessada, levou o trabalho de pesquisas e coletas de dados com empenho e bravura na construção da história da sua família e de seus avós Júlio Gottardo Salva e Maria Magdalena Lorenzi (Lorence).

A jovem Daiane incumbiu-se, com rara competência, também, na construção das árvores genealógicas das famílias de Maria Gottardo Salva e Santo Meoti e de Josephina Gottardo Salva e Fidele Primo Trevisol. Embora enfrentando algumas resistências, conseguiu com sua abnegação, mostrou a todos a importância de manter viva a história da família. Merece, por tudo, uma menção honrosa pela ajuda e colabo-ração na realização deste trabalho.

Orlete Ana Cimarosti, casada com Isael Meoti Salva e Marisa Helena Grilli, casada com Antoninho Brugnera Salva. Tanto a Orlete quanto a Marisa fizeram excelente trabalho como responsáveis pelas pesquisas e fornecimentos de dados das famílias de João (Emilio) Gottardo Salva e Luiza Maria Meoti e de Rodolfo Gottardo Salva e Adelaide Casagrande Brugnera. Merecem, pelo seu empenho e destacada participação, deixar registrado um reconhecimento especial;

Marilice Mezzalira Spezia. Foi incumbida de obter dados e fotos da família de Regina Concato Salva e Alexandre Mezzalira, assim como dos descendentes. Dos seis filhos resultaram, até 2006, cerca de 150 descendentes. Embora enfrentando muitas dificuldades, conseguiu, através de suas pesquisas, realizar trabalho digno de um registro especial e um agradecimento.

Clézio Saul Brandalise Gottardo. De início pensava fazer apenas um pequeno resumo da família Gottardo. Graças, contudo, ao en-tusiasmo dos descendentes da família, entre eles do Clézio, desde que tomou conhecimento do assunto, procurou ajudar e colaborar na construção da árvore. É merecedor, junto com a esposa Marta Artifon Trevisan e demais primos de um especialíssimo agradecimento pelo seu empenho e interesse em preservar a memória da família.

Rovene Gottardo Hamerski. Abriu as portas para descobrir os descendentes da família de Fortunato Zampiron Gottardo até então desconhecida pela grande maioria dos próprios parentes mais próximos. Responsável direta pelo fornecimento da maior parte das informações da família inseridas neste trabalho. Sua ajuda é digna, também, de um especial agradecimento.

Carlos Henrique Rezende Nozari. Membro ativo do Instituto Genealógico do Rio Grande do Sul – INGERS - que, como fez no meu primeiro livro Bellunesi Nel Mondo, relacionou em computador, programa PAF, todos os membros das famílias, o que permitirá incluir o trabalho, de futuro, em site na Internet. Merece, pelo mesmo desprendimento e interesse feito no primeiro trabalho, deixar registrado o meu reconhecimento particular e de todos os descendentes da família Salva/Gottardo;

Dirce Teresinha Martinelli, professora da Associação Cultural Giuseppe Garibaldi, onde, como seu aluno, recebi as primeiras lições da língua Italiana. A versão e tradução dos textos em italiano, bem como de cor-respondências e e-mails, mereceram o crivo da mestra. Agradeço-lhe pelo interesse e desprendimento na realização deste trabalho;

Rica Ana Muniz Marca: Agradecer a ajuda na construção da árvore genealógica da família de Amália Gottardo e Ângelo Marca. A maioria das fotos e dados da família é fruto do trabalho por ela desenvolvido. Empenha-se com denodo para construir a história da família MARCA desde a origem na Itália, enriquecida com fotos e documentos dos ancestrais.

Adélia Malinowski Salles: Pesquisadora incansável, responsável direta pelo descobrimento da origem da família Salva em Mossano, província de Vicenza. Através de Microfilmes da Igreja dos Mórmons, depois de muitas tentativas frustradas anteriormente desenvolvidas, inclusive com negativas do próprio Cartório, ela acabou descobrindo a origem da família Salva. Precisa dizer ainda que a maioria dos dados e informações da família de Gio Batista Salva resulta do seu minucioso trabalho de pesquisas. Merece, pela importante descoberta, um agradecimento todo especialíssimo.

Frei Rovilio Costa, em homenagem póstuma, pelos incentivos e sugestões recebidas e especialmente por ter figurado no seu projeto editorial, na coluna “O Italiano que está em Você”, do jornal Correio Riograndense, edição de 04.10.2006. Já agradeci e noticiei a repercussão da reportagem. Merece, de qualquer sorte, ser registrado neste livro, não só para enaltecer a sua obstinada ideia de preservação da história dos imigrantes, em especial, dos italianos, mas prestar-lhe esta singela homenagem em reconhecimento pelas centenas e centenas de trabalhos dedicados aos nossos sofridos imigrantes; Lamentar sua morte ocorrida em 13.06.2009 e dizer hoje: Obrigado por tudo que fez por nós e para todos os nossos antepassados.

Maria Paula Spohr Moro – Um reconhecimento todo especial, meu em particular e de toda família Granville (Granvil). Primeiro, pela sua indiscutível competência no processamento da “Cittadinanza” Italia-na. Em 28.10.2009, onze descendentes da família Granville tiveram a honra de verem reconhecida a cidadania italiana, tornando-se cidadãos Italianos. Em segundo lugar destacar sua atuação na busca de documentos na Itália. Depois de muitas tentativas, inclusive junto à Associação Vicentini Nel Mondo e mais de uma centena de e-mails, em poucos dias, conseguiu descobrir os documentos da família Salva na comune de Mossano. A descoberta desses documentos é de extrema importância para a história da família e, por isso, merece uma palavra de gratidão especial de toda a família Salva.

Leandro Rossato Peretti, Manuela Ciconetto Bernardi e Letícia Cappellari Campo. Agradecer pelo excepcional trabalho na construção das árvores Genealógicas das famílias de Luiza Benvenuta Gottardo, casada com Valdemiro Peretti, Gio Batista Salva, casado com Ângela Ferruda e Adolphina Gottardo Marca, casada com Fiorindo Cappellari, respectivamente.

Rainilde Konzen Spohr Lubini. Responsável pela complementa-ção de dados relacionados com os descendentes da família do Fortunato Zampiron Gottardo. Merece um especial agradecimento pelo in-cansável e brilhante trabalho realizado.

Agradecer às minhas filhas Liége e Liliane pelo incentivo e colaboração na realização do trabalho, agradecimento que estendo ao irmão Abel, companheiro de viagens na busca de dados e informações dos antepassados e seus descendentes.

Resta, finalmente, agradecer a todos que colaboraram na construção da história das famílias. Pedir escusas caso tenha esquecido de mencionar alguém neste agradecimento. Seria extremamente difícil citar todos.

O importante de tudo é que se sintam todos parte da uma mesma família, que ajudaram a construir.

Italiano: Ringraziamenti

È sempre un lavoro molto difficile ringraziare a tutti quelli che hanno contribuito per lasciare registrato, in questo libro, le storie degli antenati e dei loro discendenti.

Per ottenere i dati, specialmente degli antenati e dei loro discendenti, a causa delle difficoltà, è necessario molta pazienza e soltanto possibile di portare a termine con la partecipazione di molte persone.

Molti sono già stati menzionati in questo libro. Meritano, tuttavia, di nominare, per l`interesse più ampla, non significando l`ordine il più o meno importante, i seguenti collaboratori, cominciando per i nostri patrizi, altremare, che hanno aiutato a scoprire le origini delle famiglie in Italia.

Comincio a ringraziare il lavoro sviluppato dall`Associazzione Vicentini Nel Mondo, molto bene rappresentata per la signora Patrizia Bombi. Instacabile ed interessata si è costituita in una collaboratrice eccezionale nella costruzione della storia delle famiglie.

Archivio di Stato di Pavova, nella persona di Adriano Zattarin, che inoltre scoprire l'origine della famiglia Gottardo  a Selvazzano Dentro, ha fornitto preziose informazioni di come ottenere i documenti degli antenati nel comume. Merita, per questo, una ringraziamento speciale;

Ufficio dello Stato Civele del comune di Padova, rappresentato dall`Oficiala Maria Emilia Salami, che ha prestato importanti informazioni con obiettivo di scoprire l'origine dalle famiglie in Italia.

Archivio dello Stato del comune di Vicenza, nella persona della Signora Maria Luigia Di Gregorio, la qualle ha provvisto informazioni preziose sull'origine dalla famiglia Salva;

Ringraziare al Dott. Paolo Fortin, Sindaco del Comune di Sel-vazzano Dentro, Padova, per avere spedito ritratti e altri documenti della Città, i quali sono satiti inseriti nel libro. I Selvazzanezi Nel Mondo, in particolare del Brasile sono soddisfatti e grati per la gentile attenzione e premura del suo massimo rappresentante.

Odacir Contini Salva, persona gentile, cortese e interessato nella preservarzione della memória e della storia della famiglia Salva. Discendente di Antonio Concato Salva e Josephina Capelari (Cappellari) Mezzalira, si ha impegnato, come pochi, nella costruzione dell'albero della famiglia Salva e per questo, insieme con la sua figlia Aline, meritano um ringraziamento speciale per tutto  quello hanno fatto. Loro sono i responsabili diretti per la costruzione dell'albero genealogico dalla grande famiglia dei loro antenati.

Daiane Maria Basso Salva. Nonostante molto giovane, si è costituita in una collaboratore che merita una gratitudine speciale. Molto interessata, ha preso il lavoro di recerchi e raccolte di dati com empegno e bravura nella costruzione della storia della sua famiglia e dei suoi nonni Julio Gottardo Salva e Maria Magdalena Lorenzi (Lorence).

La giovane Daiane con rara competenza sie ha impegnata ancheo nella costruzione degli alberi genealogici delle famiglie di Maria Gottardo Salva e Santo Meotti e di Josefina Gottardo Salva e Fidele Primo Trevisol. Sebbene affrontando difficoltà, con abnegazione, há mostrato a tutti l'importanza di mantenere viva la storia della famiglia. Per tutto questo merita un onore speciale per l'aiuto e la collaborazione ed anche per i bel lavoro che ha fatto.

Orlete Ana Cimarosti, sposata con Isael Meoti Salva e Marisa Helena Grilli, sposata con Antoninho Brugnera Salva. Tanto Orlete come Marisa hanno fatto eccellente lavoro come responsabile responsabile per le ricerche e approvvigionamento di dati delle famiglie di João (Emílio) e Luiza Maria Meoti e di Rodolfo Gottardo Salva ed Adelaide Casagrande Brugnera. Meritano, per gli impegni e rilevanti aiuto, un rico-noscimento speciale;

Marilice Mezzalira Spezia. È stata incaricata di ottenere dati e ritratti della famiglia di Regina Concato Salva ed Alessandro Mezzalira, così come dei discendenti. Dei sei figli della coppia erano fino 2006 dis-cendenti. Anche affrontando molte difficoltà per fare le richerchi è riuscita a tramite il lavoro e per questo è degna di una registrazione speciale e di ringraziamento.

Clézio Saul Brandalise Gottardo. All'inizio del lavoro pensavo fare solo un piccolo riassunto della famiglia Gottardo. Comunque, l'entu-siasmo dei discendenti della famiglia, fra altri Clézio, il quale ha prestato inoformazioni dela famíglia Gottardo e cosi possibilitare, con suo aiuto e colaborizione, costruire l`arbero genealógico. Mi piacerebe anche rin-graziar la Signora Marta Artifon Trevisan e tutti gli altri cugini per impegni ed interessi di mantenere e preservare nella memória la stória dela famiglia.

Rovene Gottardo Hamerski. Lei ha aperto le porte per scoprire i discendenti della famiglia di Fortunato Zampiron Gottardo che fino allora non era conosciuta dalla grande maggioranza dei propri parenti più vicini. Responsabile diretta per consegnare la maggior parte delle informazioni della famiglia inserite in questo lavoro. Il suo aiuto per questo è degno di un ringraziamento speciale.

Carlos Henrique Rezende Nozari. Membro attivo dell'Instituto Genealógico del Rio Grande do Sul - INGERS - che, come ha fatto nel mio primo libro Bellunesi Nel Mondo, ha inserito nel computer, software PAF, tutti i membri delle famiglie che permetterà in futuro divulgare in sito nell'Internet. Per questo e come ha già fatto nel primo lavoro, bisogna essere registrato il mio riconoscimento e di tutti i discendenti della famiglia Salva/Gottardo per il suo contributo in questo lavoro.

Dirce Teresinha Martinelli, insegnante dell'Associazione Culturale Giuseppe Garibaldi. Ho ricevuto di Lei le prime lezione della língua Italiana. Le versione e traduzioni dei testi in italiano, così come di corrispondenze ed email, hanno ricevuto le correzoni dell'insegnante. La ringrazio per suo interessi ed cooperazione nella realizzazione questo lavoro.

Rica Ana Muniz Marca: Ringraziare per l`aiuto nella costruzione del`albero genealogico della famiglia di Amalia Gottardo e Angelo Marca. La maggiore parte delle immagini e dei dati famiglia è il lavoro che si è sviluppata. Si sforza di adoperarsi per costruire la storia della famiglia Marca dalle sue origini in Italia, arricchito con foto e documenti degli antenati.

Adélia  Malinowski Salles: Ricercatore instancabile direttamente responsabile per la scoperta dell'origine della famiglia Salva a Mossano, provincia di Vicenza. Attraverso di Microfilm della Chiesa Mormone, si è scoperto, dopo molti tentativi infruttuosi precedentemente svolte, comprese le negative dello Ufficio Civele, l'origine della famiglia. Bisogona dire ancora che la maggiore parte dei dati e delle informazioni dalla famiglia di Gio Batista Salva è resultato dal suo meticoloso lavoro di ricerca. Merita per questa l'importante scoperta, uno specialissimo ringraziamento.

Frate Rovilio Costa, in postama omaggio, per gli incentivi che ho ricecuto di Lei, cosi come di suggerimenti e speciamente, per avere partcipato nel suo proietto editoriale, nella colonna L`italiano che è in te", del giornale Correio Riograndense, edizione di 04.10.2006. L`ho già ringraziato ed inormato su ripercussioni del servizio giornalistico. Lei merita essere registrato in questo libro, nonj solo per esaltare la sua ostinta ideado conservazione della storia degli immigranti, specialmente degli italiani, ma rendere questo semplice omaggio in riconoscimento per il centinaio di lavori che há dedicato ai nostri sofferti immigranti. Lamentare sua morte accaduta nel 13.06.2009 e dire oggi: Grazie per tuto che Lei ha fatto per noi e a tutti i nostri antenati.

Maria Paula Spohr Moro - Un riconoscimento speciale mio, in particolare, e di tutta la famiglia Granville (Granvil). Prima per essere una persona di incontestabile competenza nel settore di istruzione della "Cittadinanza" italiana. Il 28.10.2009, undici discendenti della famiglia Granville avuto l'onore di vedere riconosciuta la cittadinanza italiana, e, cosi, cittadini italiani. In secondo luogo evidenziare sua competenza nella ricerca di documenti in Italia. Dopo molti tentativi, ed anche della partecipazione dell`Associazione Vicentini Nel Mondo e di più di un centinaio di e-mail, senza esito, Lei in pochi giorni ha trovato i documenti della famiglia Salva nel Comune di Mossano. La scoperta di questi documenti è di grande importanza per la storia della famiglia e, per questo, Lei merita una parola di gratitudine speciale di tutta la famiglia Salva.

Leandro Rossato Peretti, Manuela Ciconetto Bernardi e Letícia Cappellari Campo. Ringraziaare per il lavoro straordinario nella costruzione degli alberi genealogici di Luiza Benvenuta Gottardo, sposata con Valdemiro Peretti, di Gio Batista Salva, sposato con Ângela Ferruda e di Adophina Gottardo Marca, sposta con Fiorindo Cappellari, rispettivamente;

Rainilde Lubin Spohr Konzen. Responsabile per la complementazione di dati relativi ai discendenti della famiglia di Fortunato Zampiron Gottardo. Merita particolare ringraziamento per il suo instancabile e brillante lavoro che ha svolto.

Ringraziare alle mie figlie Liege e Liliane per l'incentivo e cooperazione nella realizzazione del lavoro, ringraziamento che estendo a mio fratello Abele, compagno di viaggi nella ricerca di dati e informazioni degli antenati e i loro discendenti

Resta, finalmente, ringraziare a tutti che hanno collaborato nella costruzione della storia delle famiglie. Chiedere scuse nell`ipotesi di avere dimenticato di menzionare qualcuno in questo ringraziamento. Sarebbe estremamente difficile menzionare tutti.

L'importante di tutto è che tutti si sentono parte d'una famiglia che hanno aiutato a costruire.

Versione libera del autore e Dirce Teresinha Martinelli


1. GENEALOGIA – A FAMÍLIA - Importância da preservação da memória.
   
A genealogia, fundamentalmente, visa preservar a identidade e manter viva na memória a história e as origens das famílias. O vocábulo “genealogia” é composto pelas raízes gregas gen (geração) e logos (estudo), que, por si só, já indicam o significado da palavra: o estudo das gerações, ou melhor, o estudo das famílias.

   Este trabalho teve o objetivo de descobrir e resgatar as raízes, as mais remotas possíveis, das famílias Salva e Gottardo (Gotardo) (antepassados maternos do autor).

Passaram-se pouco mais de 120 anos da chegada ao Brasil e pouco ou quase nada se sabia da origem de ambas as famílias.

   Talvez, com mais pesquisas poder-se-ia recuar no tempo, pelo menos, mais cem anos. Chegou-se ao ano de 1820, nascimento de Lucia Striollo, esposa de Antonio Salva. Já Bortolo Gotardo era filho de Giacomo Gottardo e Domenica (Dominga) Rossi.

   Com esses dados, seria possível recuar em ambos os casos para tempos mais remotos. Seja como for, são 186 anos de história parcialmente recuperada. O autor espera, através de algum dos descendentes, de futuro, possa ser reeditado este trabalho, recuando mais no tempo, talvez podendo chegar nos anos de 1700.

   O que se pode dizer; em relação às famílias, objeto deste estudo, é que ambas, como a grande maioria dos imigrantes italianos, eram constituídas de gente pobre, que foi praticamente expulsa da pátria-mãe. Muitos foram convencidos a imigrar, através de propagandas enganosas pelos agentes governamentais da época. O exemplo de propaganda a seguir que dispensa comentários.
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 Cartaz que os Agentes de Propaganda utilizavam para promover a emigração. "Na América - Terras no Brasil para os italianos. Navios em partida todas as semanas do Porto de Gênova. Venham construir os seus sonhos com a família. Um país de oportunidade. Clima tropical e abundância. Riquezas minerais. No Brasil vocês poderão ter o seu castelo. O governo dá terras e todos os utensílios( http://www.bentogonçalves.rs.gov.br/ ).

   Sem embargo de toda a divulgação sobre a imigração há, certamente ainda, muita coisa que continua nas trevas. O que importa aqui é resgatar as histórias das famílias. Apesar de todo sofrimento de que foram vítimas – gente forte como eram – praticamente todos nossos antepassados ultrapassaram os 80 anos de vida.

   Apreciável número de descendentes continuam vivendo nas mesmas áreas/locais, onde se instalaram os antepassados, especialmente nas regiões de Veranópolis, Putinga, Ilopolis, Anta Gorda e Arvorezinha.

O tipo de exploração, em relação aos ancestrais, centrados no cultivo de alimentos para sobrevivência (milho, trigo, feijão, batata, criação de aves, suínos, gado de leite, etc., praticamente tudo usado para consumo próprio), mudou bastante, despontando na região o cultivo da erva-mate, fruticultura, criação de suínos, avicultura, plantio de soja e milho, etc..

   A grande maioria possui seu automóvel ou camionete. As estradas, especialmente as vicinais, em épocas de chuva, são de difícil trafegabilidade. No aspecto, guardadas as proporções, pouca coisa mudou, decorridos mais de 120 anos da emigração. Registre-se que nos últimos 10 anos (1995/2006) a maioria das estradas foram beneficiadas com asfalto até a sede dos municípios.

   As condições de vida, de outro lado, deram um salto de tal magnitude que os nossos antepassados, salvo a topografia, se ressuscitados, diriam estar em outro mundo.

  Veriam que, em substituição do lampião ou da vela, tinham a luz elétrica e, em decorrência dela, a presença do refrigerador, da máquina de lavar roupa, da televisão, de antenas parabólicas, do chuveiro e de toda a parafernália eletrônica e até mesmo, não raro, do computador.

   Em relação a eles, pelo menos até a década de 1970, viveram desprovidos de todas essas maravilhas do século.

   Podemos dizer nós, também, que estamos em outro mundo, estamos todos hoje no paraíso, lugar onde, até pelos sofrimentos de que foram vítimas, devem estar repousando nossos ancestrais.

   Este pequeno relato é importante, constituindo parte da história das famílias. Evoca as lembranças, resgata as histórias da vida, envolve laços afetivos, alegrias, tristezas, conquistas, perdas e, sobretudo, vivências.

   Acima de tudo, porém, busquei encontrar as origens dos antepassados, de onde vieram, onde se estabeleceram e, hoje onde vivem seus descendentes.

   É mais ou menos conhecida a história da imigração Italiana. A partir de 1875 e até 1914 houve imigração em massa de italianos para as américas e para o mundo. As famílias Salva e Gottardo (Gotardo), imigraram em 1886 e 1887 e se estabeleceram na 1ª Seção 2ª série Leste, atual Linha Barão do Rio Branco, em Veranópolis, RS. A família Salva é originária di Mossano, Província de Vicenza. Já família Gottardo é de origem de Selvazzano Dentro, Província de Padova.

   Importa aqui é deixar registrado, para os descendentes, através de fotos, documentos e relatos a história e suas raízes, sem outra preocupação, senão a de manter viva a memória das famílias.

   Para concluir, reproduzo, a seguir, trechos de trabalho de Pedro Wilson Carrano Albuquerque – (Ensaios-- Considerações sobre a Genealogia – disponível Web: http://www.usinadeletras.com.br/).

Infelizes as famílias que não têm história. Não ter história é quase não ter nome; é quase não ter pátria.   Felizes, ao contrário, as famílias que têm história, porque lhes é dado o júbilo de a recordar, porque ela constitui a fonte fecunda, inesgotável e profunda de suas energias morais; porque a cada passo, que dão, sentem, atrás de si, o rastro de sua própria imortalidade.

   Que é a nossa vida, senão a história que começa ? Que é a história, senão a vida que continua ? A história de nossa família, de nossa gente, de nossa casa está conosco. Respira perto de nós. A sua presença todos adivinham. Ora bela, ora triste, é uma grande história.

(Júlio Dantas (68), no livro Outros Tempos)

   O povo que não olha para o passado à procura de seus ancestrais jamais olhará para o futuro e para a posteridade.

(Winston Churchill (77), conforme citação do General Nicanor Porto Virmond em seu livro Genealogia de Frederico Guilherme Virmond)

   Alguém há de perguntar - "Por que ainda hoje há pessoas que se interessam por assuntos tão tolos como origem de famílias ?" A todos estes respondo que é com o conhecimento de onde viemos que saberemos aonde vamos. Quer queiramos ou não são os nossos ancestrais que deram a formação mais profunda do nosso ser, do nosso existir. É pois conhecendo as tendências, os modos de ser dos nossos, que saberemos lutar, com a ajuda de Deus, pelo que seremos e o que os nossos filhos serão. Desse modo, também a eles ofereçamos o gosto pelo conhecimento dos nossos. (Carmen Coelho de Miranda Freire, em Notas Genealógicas das Famílias Correia, Meira Henriques, Albuquerque Maranhão, Vieira e Coelho).

Ressuscitar as memórias

das passadas gerações,

e dentre o pó das histórias

evocar todas as glórias

das antigas tradições,

é serviço, é incitamento,

é missão honrada e nobre;

........................ (Júlio de Castilho (83), em Manuelinas)

Há pessoas que não apreciam "Genealogia", não se interessam por saber quem é seu avô, bisavô ou trisavô; não querem saber de onde vêm, quais são os seus ascendentes. Ora, a Genealogia é a Ciência da nossa racionalidade, da marca indelével das nossas origens; diz de onde viemos, diz quem somos, diz quais são as nossas raízes, mostra-nos a nossa importância.

   A Genealogia exige paciência, perseverança e intercâmbio, mostra a necessidade da comunicação com outros Genealogistas e causa grandes surpresas e grandes emoções. Enfrenta grandes obstáculos, terríveis barreiras, surpreendentes interrogações.

A Genealogia é uma paixão e quem nela entra dela não sai mais. A Genealogia é amor; amor aos antepassados. A Genealogia é gratidão; gratidão aos que nos antecederam nesta vida. A Genealogia é memória imperecível.

   A Genealogia quase se confunde com a Heráldica. A Genealogia atesta a importância de uma Família. A Genealogia é como o Livro; conserva a memória das gerações passadas contra a tirania do tempo e contra o esquecimento dos homens, que ainda é a maior tirania, e enaltece as gerações hodiernas.

   A Genealogia move os ânimos e causa grandes efeitos. (Padre Reynato Breves, no artigo Novas Revelações da Genealogia, publicado na edição de 12-SET-1998 do Jornal da Cidade, de Barra do Piraí).

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1.1. A VIAGEM DOS IMIGRANTES – RUMO AO DESCONHECIDO


As agências de emigração, na verdade pouco faziam por seus clientes, tratando-os como meros objetos de exportação. Continham muitos abusos, sobretudo de todos os pequenos serviços de orientação e assistência, de tal modo que era freqüente ficar o emigrante sem dinheiro algum para as primeiras despesas no lugar de destino.

“A viagem durava um mês na terceira classe de um navio superlotado, sem assistência médica, comida precária, dormindo no chão. A maioria dos autores que escreveu sobre a imigração italiana fala em alojamentos infectos, epidemias, mortes. Mas não se conhece uma estimativa sobre o total de mortos. Seriam crianças, na maioria.

Desembarcavam no Rio de Janeiro, onde ficavam de quarentena na Casa dos Imigrantes, na Ilha das Flores. Daí partiam em vapores para Rio Grande numa viagem de dez ou mais dias, passando para barcos menores nos quais chegavam a Porto Alegre .

Na capital, eram alojados em barracões precários ou "dormiam nas ruas e praças próximas". Seguiam, dias depois, em pequenas embarcações, até Montenegro, São Sebastião do Caí ou Rio Pardo. Desses pontos, a viagem prosseguia a pé, em lombo de burro ou carretas.

Os imigrantes trataram de sobreviver como podiam. Eles haviam feito uma viagem sem volta. Dias, através de picadas abertas, na mata virgem. Caetano Cortelini, que chegou à colônia de Dona Isabel em 1880, conta em depoimento: "Abrimos, eu e minha esposa, picadas a facão e várias noites pernoitamos na mata, até chegar ao lote que nos correspondia... À noite, passávamos por momentos terríveis quando, próximo à nossa pequena proteção de estacas e coberta de galhos, ouvíamos o barulho de qualquer ser vivente...Isso nos deixava em contínuo sobressalto".

Diante das dificuldades e promessas não-cumpridas, muitos pensavam em desistir. Mas nada mais possuíam, tinham que ficar. Desta constatação surgiu o lema: 0 que se vince, o pur si muore (ou se vence ou se morre). Apud: História da imigração italiana no Rio Grande do Sul – Disponível: http://familia.prati.com.br/familiaprati/imigracao2.htm)”

Um dos abusos verificados freqüentemente era a superlotação dos navios, com a promiscuidade e toda a série de incômodos para a massa que se comprimia na 3ª classe e na proa dos barcos, muitas vezes ao relento, desabrigados do mau tempo, da frialdade das noites ou da canícula. Viajavam 900 e 1.000 ou mesmo 1.500 emigrantes em tais condições, forçando a capacidade dos barcos que anunciavam "confortáveis", em cartazes nos consulados e nas agências de viagem, em folhetos e guias de emigrantes.

Sobre tais desconfortos, RENCONTRO, Geraldo Farina, p.19, contado a história da família de Giovanni Rigo, diz: “ que viagem no “batimento” era de grande desconforto e não diferia muito daqueles empreendidas pelos navios negreiros narrada por Castro Alves.

Luigi Toniazzo, também vicentino de Valonara, que veio ao Brasil no navio Andréa Dória, nas mesmas condições, assim se expressou em “Mio Viaggio in América”.

-“Como estávamos amontoadas naquele navio, meu Deus? Naquele bendito vapor éramos mais de mil e quinhentos ocupando a terceira classe, apertados como sardinhas em lata. Não compreendia aqueles dialetos todos e eu, tímido por natureza, não conseguiu compreender como havia tido a coragem de lançar-me a tal aventura”. “Tratava-se de uma coisa muito séria; Não se sabia como ficar. Estávamos por demais apertados para caminhar; como se resiste em pé, sem movimento ? Na verdade, todos experimentaram um embarque infame. Aí de nós se surgisse uma doença contagiosa naquele vapor: poucos haveriam de desembarcar no porto de destino” (DE BOM, 1977, pág. 15 e 16).

Hospedaria de emigrantes no Rio de Janeiro, onde havia pouco que comer, com café pela manhã e uma pequena merenda às 4 horas, "em suma, um regime que um médico não receita nem a um doente". (SIC: Simone Paiva Roxo Fábio Avila da Silva)

Não poderia deixar de transcrever sobre a saga dos nossos ancestrais, entre outros relatados pelo Padre Antonio Domingos Lorenzatto, “Os Vênetos nossos antepassados”, Ed. Est. 2ª Ed. 1999, 30.9 – Outros relatos, pág. 132/133, os seguintes, que dão a verdadeira dimensão dos sofrimentos que passaram na busca de uma vida melhor.

A essa preciosa narrativa quero acrescentar o que conta outro autor, mestre em assuntos de emigração italiana, o Pe. Carlista, R. Rizzardo, no livro A Longa Viagem. “Tonelada Humana”, assim era chamada a carga transportada pelos navios, carregados com o dobro ou triplo de sua capacidade. Vários desse vapores permaneceram tristemente célebres na mente dos imigrantes, como “vapores da morte”

A travessia do Oceano Atlântico constituía-se numa terrível aventura., chegando a levar de 30 a 35 dias. Todos os navios transportavam também bois, ovelhas, cabras, porcos e galinhas, que seriam abatidos durante e viagem, conforme a necessidade, pois não existia outro meio para conservar a carne. Leitor, imagine a sujeira e o fedor!

Não eram vapores, mas pocilgas, estrebarias e galinheiros! Desconheciam-se normas higiênicas. Neles, ignoravam-se as enfermarias, os ambulatórios, as farmácias e as salas de cirurgia.

A febre amarela e a peste, muitas vezes, dizimavam centenas de pessoas, como aconteceu com vapor brasileiro “Pará”, que numa única viagem teve 39 mortes a bordo, quase só crianças, vitimadas pelo sarampo. “O imigrante se joga sobre o leito com a roupa e os sapatos; nele deposita pacotes e malas: as crianças o sujam com urina e fezes; todos, o quase todos, aí abandonam seus vômitos.

Depois de alguns dias de viagem, ele se assemelha a uma cama de canil. No fim da travessia, quando não é mudado – coisa que raramente acontece – fica como foi deixado: imundo e viveiro de insetos, pronto para receber um novo freguês”.

Também Deliso Villa, em sua obra Storia Dimenticata, narra o que padeceram os imigrantes itálicos no último quartel do século passado: “Graças ao baixíssimo frete, as companhias italianas conseguiam monopolizar a quase totalidade dos transportes marítimos para emigrantes. Mas era viagens cruéis e perigosas.

Não existia controle sério com relação à saúde, à alimentação, ao espaço disponível, à duração da viagem. Freqüentemente eram utilizados vapores anteriormente no transporte de cereais e animais. Alguns carpinteiros, em poucos dias, transformavam esses velhos cargueiros em vapore de passageiros.

O piróscofo (navio) Carlos Réggio, durante a travessia do Atlântico, teve 34 mortes por fome. No Fisca, 27 pessoas pereceram asfixiadas. Outro vapor superlotado de emigrantes peninsulares desapareceu para sempre, certamente engolido pelas ondas.....

Os passageiros eram acomodados em locais úmidos, escuros, com mau cheiro insuportável. Quando os emigrantes embarcavam em navios de outras nações, em especial franceses, era maltratados, humilhados com ofensas e palavrões. A comida era insuficiente, repugnante; o café era sempre pouco, nefando, uma água suja; a carne era estragada e fedorenta; a água servida para apagar a sede era turva e, porque conservada em caixas de chumbo, tinha o cheiro daquele danosa metal. Quanta sede padeceram os emigrantes ao não beberem esse caldo nojento”...... (Apud: Imigrantes Italianos – Bellunesi Nel Mondo, Ed. 2005, pág. 77/78, de autoria do Autor).

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1.2. Significado e origem do cognome Salva

O significado e origem do cognome Salva mais remoto possívelmente seja aquela descrita no Aurelião “SALVA2” (Do lat. Salvia). Erva da família das labiadas (Salvia officinalis), nativa da região mediterrânea, usada como medicinal, de folhas lanceoladas, e belas flores azuis, agrupadas em racemos alongados; Salveta.

Pesquisando a Internet, encontrei, na língua italiana, a seguinte definição:

“Ricollega il latino salvare al greco soter "salvatore", che a sua volta traduceva l'ebraico Yeshua che significa "Dio salva, è salvezza". E' uno dei nomi di devozione cristiana più antichi e diffusi, insorto per Gesù Cristo, salvatore dell'umanità.

Chi porta questo nome festeggia in genere l'onomastico il 6 agosto, giorno della Trasfigurazione”. Literalmente, em Português, o cognome Salva “Liga-se ao Latim Salvar do grego “soter” Salvador que a sua vez traduziu em hebraico judeu (Yesuha) che significa “Deus Salva, é salvação. É um dos nomes de devoção cristã mais antiga difundida envolvendo Jesus Cristo, salvador da humanidade. Aquele que tem esse nome celebra o dia 06 de agosto, dia da transfiguração”.
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1.3. SIGNIFICADO E ORIGEM DO COGNOME GOTTARDO

Pesquisa realizados na Internet revelaram o significado do Cognome GOTTARDO, bem como a possível, remotadamente, descendência alemã da família. A partir da pesquisa envolvendo o cognome da família TARDOCCHI, através do nome próprio TARDO, derivado do Germânico. O trabalho de pesquisa, publicado no Blog da família TARDOCCHI, é interessante e merece ser transcrito neste trabalho.

“Para satisfazer a curiosidade de quem traz este sobrenome vou fazer um breve resumo do Significado deste nosso sobrenome italiano: o termo Tardocchi foi uma forma plural para o original Tardocchio, este formado pelo nome próprio Tardo acrescido do sufixo diminutivo -occhio.”

Tardo foi um nome próprio, uma redução derivada do germânico Guntard, Gothard ou Gudhard nomes formados a partir de Gudha (Deus) e Hardhu (forte, valoroso) o nome teria o sentido de "forte com o auxilio de Deus", estes se latinizaram como Godehardus ou Gottardus tendo posteriormente dado origem a nome italiano Gottardo ou Gotardo de onde originou-se a redução Tardo.

Desta forma, alguém, cujo nome fora Tardo mas que porem fosse conhecido pela alcunha de Tardocchio, teve um filho que então foi chamado de "Fulano, Filius Tardocchio", este tendo repassado o termo a seus descendentes iniciou o uso do termo como uma marca de sua família, o repasse do termo de geração em geração acabou por transforma-lo em um sobrenome familiar. A forma plurificada surgiu para se identificar um clã familiar, em italiano a frase "Família dos Tardocchios" fica "Famiglia dei Tardocchi", os que passaram a se utilizar do novo termo deram origem a este braço familiar.

http://familiatardoque.blogspot.com/ Dados pesquisados por Washington Tardocchi - Rio de Janeiro.

“O pesquisador Alberto Cabassi, em discurso de abertura de um Seminário de Estudos Históricos sobre a italianidade, lembrou que estudar o passado é buscar raízes mais fortes que pavimentem o caminho em direção ao futuro. Frederico Sotero Toledo, no livro Outros Caminhos, acrescenta que o resgate do passado, da memória coletiva, das tradições e valores cultivados pelo homem nos permite saber o que somos e reconhecer de onde viemos. E é corrente entre os índios peruanos que um povo que não sabe de onde veio jamais saberá para onde ir.

Tentamos trilhar caminhos semelhantes aos indicados por estes mestres na série de textos sobre a Colônia Agrícola da Constança. Hoje buscamos algumas raízes do sobrenome GOTTARDO e as razões dos distanciamentos entre parentes.

Inicialmente devemos dizer que o nome Gottardo, segundo Ciro Mioranza no seu Dicionário dos Sobrenomes Italianos, é de origem germânica e significa “forte ou valoroso, com o auxílio de Deus”. Aparece como nome de um Santo, San Gottardo, no século X, na Alemanha. E segundo consta, São Gotardo foi canonizado em 1131 e é venerado na Baviera, Suíça e norte da Itália.

O sobrenome é de alta incidência no Veneto, especialmente em Padova e Venezia. No cemitério Noventa Padovana, a poucos quilômetros da cidade de Padova, são encontrados mausoléus da família. Nas pequenas cidades às margens da rodovia que liga Padova a Venezia, localizamos diversos grupos de Gottardo. Numa delas, Vigonza, vivia a família de Antonio Gottardo antes de passar ao Brasil pela primeira vez, em 1888.

Quanto ao distanciamento entre parentes dos imigrantes, é de se esclarecer que não foram poucas as vezes em que nos deparamos com histórias de membros de uma mesma família que se separaram por longos meses porque o pai foi trabalhar numa colina ao norte ou num vinhedo ao sul de sua comune, na Itália.

No caso da família Gottardo, no início das pesquisas não conseguíamos compreender a separação de pais e filhos e o distanciamento existente entre alguns parentes aqui no Brasil. Com o correr das pesquisas observamos que o fato se repetia com certa freqüência em outras famílias e que existia uma razão determinante. Esta razão era o costume dos pequenos lavradores do Veneto de partirem para trabalhar em outras regiões e até mesmo fora do país, devido à falta de emprego numa Itália que se adaptava à nova ordem econômica e obrigava seus filhos a buscar trabalho nas empresas agrícolas que surgiam.

Foi este o caso de Antonio Gottardo que, após o falecimento de sua esposa, Teresa Luigia Guerra, em abril de 1886, com dificuldade para encontrar o sustento dos sete filhos que dele dependiam e que não podiam ficar sozinhos durante os meses que precisava se ausentar, decidiu cruzar o Atlântico em 1888. Muito provavelmente, a exemplo do que ocorreu com imensa leva de outros imigrantes italianos, pensando em trabalhar por algum tempo no Brasil para depois retornar à terra natal, como fizera em anos anteriores na Itália.

Com Antonio Gottardo viajaram outras famílias que também seriam contratadas por fazendeiros de Leopoldina e dois grupos que, embora não tenham vindo para a nossa cidade, eram seus aparentados e acabaram por permanecer isolados pela dificuldade de comunicação daquela época. O primeiro deles, capitaneado por Luigi Guerra foi para São João Nepomuceno. O outro, chefiado por Lucia Gottardo, ficou em Juiz de Fora. O mesmo deve ter ocorrido com os familiares que viviam em outros lugares no final do século XX, como um grupo que se instalou em São João del Rei e outro que optou pelo solo capixaba e não mais procuraram os parentes que se fixaram em Leopoldina.

......... http://www.cantoni.pro.br/colonia/centenario19.html

Durante as minhas pesquisas encontrei outras famílias com cognome Gottardo, residentes próximas umas das outras. Não consegui apurar os vínculos existentes entre os descendentes de GIACOMO GOTTARDO, o antepassado mais remoto conhecido (pai do Bortolo Gottardo) e os inúmeros outros existentes, especialmente no Rio Grande do Sul e em São Paulo, Minas Gerais, Espirito Santo.

Possivelmente, pelos menos, aqueles que emigraram para o Rio Grande do Sul, recuando-se no tempo, possivelmente tenham algum vínculo de parentesco. Isso demandaria muita pesquisa e, naturalmente, vultosos recursos financeiros para levar adiante esse trabalho. Precisaríamos saber o nome de todos os filhos do GIACOMO, o nome do pais e dos irmãos dele. Hoje o único filho conhecido é o Bortolo Gottardo. Talvez, se recuássemos mais cerca de 200 anos (1700), pudéssemos descobrir os vínculos de muitos dos descendentes que vivem no Brasil, com a família do GIACOMO GOTTARDO
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1.4. LOCALIZAÇÃO, ESTADO CIVIL, IDADE, ORIGEM,  E ANO DE CHEGADA NO BRASIL DAS FAMÍLIAS SALVA E GOTTARDO

Localizados 1ª seção série Leste (Linha Barão do Rio Branco)
Todos eram Católicos.

3648 BORTOLO GOTTARDO -  M 50 Cas It. Selvazzano Dentro 1887.

3649 REGINA ZAMPIRON (RAMPASON) - F 41 Cas It. Selvazzano Dentro 1887.

3650  PROSDOCIMO SILVIO  GOTTARDO - M 19 Sol It. Selvazzano Dentro 1887.

3651 AMELIA GOTTARDO - M 16 Sol It. Selvazzano Dentro 1887.

3652 CARLO GOTTARDO -  M 13 Sol It. Selvazzano Dentro 1887.

3653 GIULIO GOTTADO -  M 11 Sol It. Selvazzano Dentro 1887.

3654 AMABILE GOTTARDO -  F 03 Sol It. Selvazzano Dentro. 1887.

3663 LUIGI SALVA - M 40 Cas It. Vinceza 1886.

3664 GIUSEPPA CONCATO -    F 35 Cas It. Vicenza 1886.

3665 CORNELIO SALVA  - M 10 Sol It. Vicenza 1886.

3667 VIRGINIA SALVA -  F 10m Sol Br. Alfredo Chaves 1886.

3668 GIO BATA SALVA - M 43 Cas It. Vicenza 1891.

3669 ANGELA FERRUDA -  F 36 Cas It. Vicenza 1891.

3670 AMALIA SALVA -  F 09 Sol It. Vicenza 1891.

3671 SANTA SALVA - F 06 Sol It. Vicenza 1891.

3672 ELVIRA SALVA  - F 03 Sol It. Vicenza 1891.

3673 MARIA SALVA -  F 01 Sol It. Vicenza 1891.

3674 LUCIA STRIOLO - F 70 Viu It. Vicenza 1891.

3708 FORTUNATO GOTTARDO -  M 24 Sol it Vicenza 1885.
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APUD: “Etnias de Alfredo Chaves”, EST EDIÇÕES, pág., 113 e 114.
Obs. A família Gottardo, conforme registro no Livro ALFREDO CHAVES – Imigração e Povoamento – Edições Est – Correio Riograndese, pág. 46, originária de Pádua, estabelecendo-se em Alfredo Chaves, em 11.04.1887. (Fortunato em 1885).
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1.5. CHEGADA DOS IMIGRANTES AO DESTINO PARA CONSTRUIR SEU CASTELO!!!

INÍCIO DA COLONIZAÇÃO DOS IMIGRANTES – PERÍODO PRÉ-MUNICÍPIO – 1885 A 1897 – ALFREDO CHAVES, RS.

Os imigrantes eram dominantemente italianos provindos das regiões de Veneto (Vicença, Padova, Belluno, Treviso e Verona) e da Lombardia (Cremona, Bérgamo, Milão e Mantova). O fluxo imigratório, iniciado em 1885, perdurou até 1897, sendo que em 1886 entraram no estado do Rio do Grande do Sul 2.500 imigrantes, a maior parte desti-nada à Colônia de Alfredo Chaves. Além de italianos, imigraram também para Alfredo Chaves muitos poloneses.

As viagens dos colonos rumo à Colônia foram muito dificultosas. A começar pela travessia do oceano em navios de péssimas condições de conforto e higiene. A travessia do rio das Antas era feita em balsas ou canoas, não raramente em situações bastante perigosas. Os caminhos, floresta adentro, também eram muito penosos.

À medida em que os lotes eram ocupados, foram surgindo os primeiros povoados, como Lageadinho, Monte Bérico, Monte Vêneto, Bela Vista.

Cada colono adquiria do Governo uma colônia a ser paga em dois anos, com muito trabalho e sacrifício. Às vezes este prazo não era suficiente.

As primeiras atividades não foram de plantio, mas de limpeza do mato, construção das casas e abertura dos caminhos. Só depois come-çavam as lavouras, geralmente, pelo milho. De fácil cultivo e rápida colheita, ele fornecia o principal alimento - a polenta - e a palha, que era forragem para os animais e enchimento para os colchões. 0 trigo, cujo plantio e colheita intercalava-se com o milho, vinha na seqüência para garantir o pão e a massa. A palha do trigo servia para fazer longos me-tros de dressa (espécie de trança), utilizada na confecção de chapéus e cestos.

Chegando à sua gleba, o imigrante tinha logo que construir um abrigo, uma choupana que fosse, para proteger-se do frio e dos animais selvagens. Era uma questão de emergência, e daí resulta que as primeiras casas eram muito precárias. Às vezes, um rancho de pau a pique, coberto de palhas. Muitas eram construídas com varas ou pranchas de pinheiro, cobertas com folhas ou tábua lascada, denominada “scandole”.

As moradias definitivas eram de madeira-tábuas de pinho com colunas de anjico ou pedra e eram amplas. O lambrequin, detalhe decorativo, de madeira recortada na borda dos telhados, tornou-se marca registrada. Os locais preferidos para a construção das casas eram as encostas suaves para facilitar a localização do porão, o qual era indispensável para o depósito de cereais, para carnear animais e para abrigar a cantina de vinho e graspa.

Para a fabricação de tábuas, cortavam-se "pinheiros de copa" (araucária). Com serra manual, transformavam as toras em tábuas: um serrador ficava em cima da tora, posta sobre cavaletes e outro embaixo. Trabalhavam dias a fio. A cumeeira era alta, para dar lugar a um sótão onde se podia guardar, sem risco de umidade, amendoim, feijão, lentilha, ou servir para dormitório de hóspedes em ocasião especial. As janelas não tinham vidro.

A cozinha ficava geralmente separada. Segundo Rovílio Costa, "por medo de incêndios". Com o fogo sempre aceso, em meio a material combustível, a cozinha era sujeita a incêndios, pois os primeiros imigrantes não conheciam o fogão.

Para cozinhar, usavam o “foccolári”, que consistia num caixão retangular revestido de madeira, forrado por dentro com terra batida e uma cavidade no meio onde se acendia a lenha.

Para cozinhar, especialmente a tradicional polenta, as panelas eram suspensas a uma corrente, chamada "la catena". À noite, o fogo era coberto com cinzas para conservar o braseiro e facilitar o reacendimento no dia seguinte. "Se alguma janela se abrisse, o vento podia reacender o fogo e causar incêndio durante a noite." Por isso, a casa, onde se guardavam documentos, dinheiro e bens, tinha que ficar preservada. Era costume, traçar uma cruz sobre as cinzas para pedir proteção con-tra o possível incêndio.

A cozinha funcionava como sala de estar, servindo como local das refeições e encontros familiares. Na "casa" ficavam os quartos e uma sala, usada em raras ocasiões, como enterros, casamentos ou para receber visitas muito importantes. No pátio, próximo à casa, o forno para pão, o estábulo sempre isolado e a latrina feita de tábuas.

Nos tempos primitivos, não era comum pintar as residências, provavelmente por falta de tinta. Usava-se uma mistura de tabatinga (pó de arenito, avermelhado) e óleo de cactus, dissolvido em água, que protegia a madeira.

Construídas essas toscas habitações -- muito longe dos sonhados castelos, objeto da propaganda das autoridades italianas –- iniciavam-se as plantações de roças, montavam-se moinhos. Os imigrantes eram agricultores, artesãos, marceneiros, ferreiros, alfaiates.

A colheita era motivo para festas entre as famílias que se auxiliavam. "A cada saca de produto, fazia-se um sinal a facão numa tábua. Quando alguém chegava a 100 sacas de trigo, era alvo de grandes comentários." Outras culturas de inverno, como centeio e cevada, vinham a seguir. Em todo o lote, eram plantadas árvores frutíferas: laranjeiras, bergamoteiras, macieiras, marmeleiros, figueiras etc. As frutas forneciam também os doces e compotas. Além do boi e da vaca, galinhas e porcos. Em poucos anos: vinho, graspa, salame, presunto, toicinho, banha e queijo.

Foi decisivo o papel das igrejas na aglutinação dos colonos e na formação das cidades e vilas, em toda a região de ocupação italiana no Estado. Muitos padres, principalmente os italianos que acompanhavam os imigrantes, ajudavam a superar a saudade, mas, por outro lado, dificultavam a adaptação à nova cultura, procurando manter a ilusão de que ainda estavam na Itália através do uso da língua natal e da pregação e manutenção da moral.

Muitos núcleos, no entanto, desprovidos de sacerdotes, cultivavam o hábito de reunirem-se para celebrações, rezas e outros ofícios litúrgicos sob a batuta de leigos cristãos. Devido à distância entre as colônias, as reuniões eram raras e preparadas com antecedência. As "festas de igreja" do século passado ajudaram a promover muitos namoros e casamentos e são, ainda hoje, um hábito cultivado pelas comunidades do interior da região italiana gaúcha. Após o terço, com freqüência, fazia-se um leilão em benefício da capela. Era leiloado um porquinho, uma ovelha, uma galinha. Durante as cerimônias religiosas, fazia-se a coleta (limosina) numa bolsinha de couro, presa no topo de uma haste.
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Disponíveis:http:/ familia.prati.com.br/familiaprati/imigracao2.htm -Fonte: História Ilustrada do Rio Grande do Sul - Zero Hora
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  Missa inaugural da Capela de Veranópolis em 1888
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Nesta foto, seguramente estavam presentes à missa, integrantes das famílias Salva e Gottardo.
Disponíveis:http:/ familia.prati.com.br/familiaprati/imigracao2.htm -Fonte: História Ilustrada do Rio Grande do Sul - Zero Hora

Disponíveis:http:/ familia.prati.com.br/familiaprati/imigracao2.htm -Fonte: História Ilustrada do Rio Grande do Sul - Zero Hora

1.6. Localização da família de Bortolo Gottardo

A família, originária da Comune (município) de Selvazzano Dentro, Província de Padova, Itália, chegou ao Brasil em março de 1887, junto com cinco filhos (Sélio (15 anos), Amélia (12 anos), Carlo (07 anos), Giulio (06 anos) e Amabile (03 anos). Estabeleceu-se em 11.04.1887, no lote nº. 13 da Linha Barão do Rio Branco, em Alfredo Chaves (Veranópolis). A Planta Geral, abaixo, dá a exata localização da família, local onde continuam residindo vários descendentes da família. Nessa mesma região, estabeleceu-se, inicialmente a família de Luigi Salva, originária de Mossano, Província de Vicenza.
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APUD:Contracapa “Alfredo Chaves e seus imigrantes (EDIÇÕES EST) 1995.
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1.7. Migrações internas

a) família de Luigi Concato Salva

Entre 1910/1911, começaram as emigrações internas. A família de Luigi Salva e Giuseppina Concato deslocou-se para a região de Anta Gorda, instalando-se, mais precisamente, na Linha Terça, pertencente hoje ao distrito de Itapuca, Anta Gorda. Em 1913/14, nova mudança da família para Putinga, na Linha São Pedro, às margens do Rio Forqueta, onde alguns descendentes continuam nas próprias terras dos antepassados.

Essa região é o berço dos descendentes de toda grande família Salva, constituída por 24 descendentes (a primeira geração nascida no Brasil, netos de Luigi Salva e Giuseppina Concato, e bisnetos de Antonio Salva e Lucia Striollo). A partir de 1935, reiniciaram novos deslocamentos para locais mais distantes. Possivelmente o interior do Município de Passo Fundo tenha sido o primeiro local de destino de descendentes da família Salva. Antonina Gottardo Salva, após casar-se com Frederico Frandoloso Granville – pais do Autor – estabelecendo-se entre as localidades de Pulador e São Miguel. Antonina, que completou em 2009, 95 anos, junto com a irmã Regina, constituem os remanescentes vivos (primeira geração nascida no Brasil), descendente de Cornélio Concato Salva e Amabile (Maddalena) Gottardo.

Hoje a família Salva encontra-se espalhada pelo Brasil – Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia e inúmeras cidades do Rio Grande do Sul – incluídos alguns membros que vivem nos Estados Unidos.
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b) – Família de Bortolo Gottardo

As emigrações da família Gottardo somente começaram depois de cerca de 30 anos da chegada em Alfredo Chaves (Veranópolis.RS), com o deslocamento de Fortunato (filho mais velho), para Guarani das Missões,RS, entre os anos de 1914 e 1916. Anteriormente Carlo Gottardo já havia imigrado para Argentina.

A família Gottardo é numerosa em Veronópolis e municípios vizinhos. Várias famílias, inclusive com alguns membros da primeira geração, nascida em Veranópolis, que continuam residindo nos mesmos locais e terras que foram dos ancestrais. A região abrangente de Veranópolis abriga hoje (2010) mais de três centenas de descendentes diretos do Bortolo Gottardo e Regina Zampiron. Exceção dos descendentes do Fortunato, que se espalharam pela região da fronteira e missões, a grande maioria dos descendentes estão localizados em Veranópolis e municípios próximos, entre os quais Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Porto Alegre, Erechim, para ficar nos mais longínquos
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1.8. VERANÓPOLIS – Síntese histórica -

Veranópolis, Berço Nacional da Maçã e Terra da Longevidade, está localizada a 170 quilômetros da capital do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. De clima subtropical, a 705 metros de altitude, Ve-ranópolis é um paraíso incrustado na Serra Gaúcha.

Com uma população estimada de 20.774 habitantes e uma área de 289 km², é uma das melhores cidades para se viver, sendo o município com o 9º melhor Índice de Desenvolvimento Sócio-Econômico no Estado (índice de 0,794 em escala até 1,00), segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul.

Outros dados:

Vias De Acesso: RST 470, RS 359 e RS 355.

Distâncias:

Porto Alegre: 170 km

Bento Gonçalves: 40 km

Caxias do Sul: 80 km

Nova Prata: 20 km

Passo Fundo: 120 km

Densidade Demográfica (2004): 71,7 hab/km²

Taxa de analfabetismo (2000): 4,55 %

Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 75,51 anos

Coeficiente de Mortalidade Infantil (2004): 18,66 por mil nascidos vivos

PIB (2002): R$ 347.786.640

PIB per capita (2002): R$ 17.219

Exportações Totais (2004): U$ FOB 33.845.846

Data de criação: 15/01/1898 (Decreto nº. 124-B).

Munícipio de origem: Lagoa Vermelha

Histórico

Veranópolis teve sua colonização iniciada em 1884, quando os primeiros imigrantes italianos aqui chegaram. Antes, já a partir de 1830, todo o território desta região pertencia ao município de Santo Antônio da Patrulha, e as freguesias mais próximas da atual cidade de Veranópolis eram Lagoa Vermelha e Vacaria.

Uma única estrada ligava estas freguesias ou distritos a Santo Antônio da Patrulha. Com o tempo, os fazendeiros de Lagoa Vermelha foram abrindo picadas e penetrando na região da futura colônia Alfredo Chaves.

Tomavam posse da terra das matas do rio das Antas para o cultivo de milho e extração de erva-mate.

No local mais aprazível daquela gleba de terra, havia um ponto de encontro de tropeiros que, periodicamente, se aventuravam a passar por ali, com destino a Montenegro.

Este lugar preferido para repouso e encontro neste longo caminho, com uma elevação rochosa e ótima vertente de água recebeu o nome de Roça Reúna.

O excesso de pretendentes aos terrenos nas antigas colônias obrigou à Inspetoria Geral de Colonização a planejar e a concretizar a criação de uma nova colônia, para onde seriam encaminhados os excedentes populacionais.

No local conhecido como Roça Reúna, foi instalada em 1884 a colônia Alfredo Chaves, pertencente ao município de Lagoa Vermelha. Foi após esta decisão que começaram a chegar os primeiros imigrantes italianos advindos principalmente das províncias de Treviso, Pádua, Cremona, Mântua, Belluno, Tirol e Vicenza. Pouco tempo depois, os primeiros poloneses chegavam ao município.
Em 1898, passou à categoria de vila. Por existir outro município com o nome de “Alfredo Chaves”, no Espírito Santo, foi oficializado o nome Veranópolis (que significa "cidade veraneio").

Berço da Maçã

A cultura da maçã foi introduzida na localidade de Lajeadinho pelo agricultor José Bin, por volta do ano de 1935. Após comprar uma única maçã, importada da Califórnia, em um dos antigos mercados da cidade, José Bin plantou as sementes da fruta e conseguiu que sobrevivesse um pezinho, o qual foi posteriormente enxertado, conseguindo uma qualidade especial. (Fonte: Livro Raízes de Veranópolis, p. 227).


TERRA DA LONGEVIDADE

Veranópolis é considerada, por técnicos da Organização Mundial de Saúde, como a CIDADE DA LONGEVIDADE- primeira no país e terceira no mundo. Atraídos pelo fato, a Dra. Elisabete Michelon e o Dr. Emílio Moriguchi, do setor de Geriatria da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, iniciaram em 1994, uma série de pesquisas, apoiados pela Administração Nadyr Mário Peregrino Peruffo, através de sua Secretaria da Saúde e Assistência Social.
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Portal entrada Veranópolis (www.terragaucha.com.br)_
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Igreja matriz de Veranopolis, RS.
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Cidade de Veranópolis, RS (Ex. Alfredo Chaves)
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1.9. ANTA GORDA - História do Município
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Área: 229,16 km2 - Altitude: 411m.

Data de Criação: 26/12/1963 - Lei de Criação: Lei nº. 4686

Município de origem: Encantado.

Distância de Porto Alegre - 181 km

População total: 6.324. - Urbana: 1.712. Rural: 4.612.
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Apud: Anta Gorda 40 Anos, André Bozzetto .
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O município de Anta Gorda está localizado na encosta inferior nordeste do Planalto Meridional, na região alta do Vale do Alto Taquari.

Essa região era habitada por índios. Em 1900, iniciou-se o povoamento com famílias luso-brasileiras, através de uma comissão de terras de Guaporé. Os jesuítas também visitaram a região nesse período.

Em 1910, quando toda aquela zona pertencia ao município de Lajeado, devido ao desenvolvimento local, Anta Gorda passou à categoria de Distrito, porém a sede teve o nome trocado para Carlos Barbosa. A capela existente, um ano depois, foi elevada a Paróquia, com a invocação de São Carlos.

Em 1913, embora não haja documento oficial, a sede voltou a denominar-se Anta Gorda, isso de acordo com os registros nos cartórios. Quando Encantado emancipou-se de Lajeado pelo Ato municipal nº. 1 de maio de 1915, Anta Gorda ficou como 2º Distrito do novo município.

Destaca-se o fato de Anta Gorda ter sido sede do município de Encantado em 1936, por uns 60 dias, quando houve problema político administrativo.

A origem do nome Anta Gorda dá-se por volta de 1900, quando o território se estendia por uma vasta área de mata virgem, entre os rios Guaporé e Forqueta.

Havia naquela região muitos animais selvagens entre os quais "antas", sempre perseguidas pelos caçadores.

 “Conta-se que certa vez, foi abatida nas cercanias de Anta Gorda – teria o fato ocorrido, como contam outras histórias, no Arroio Zeferino -- uma anta de grandes proporções. Admirados com o tama-nho do animal, os desbravadores logo passaram a utilizar o fato com referência sempre que alguém desejava referir-se à região, fazia-o dizendo: “Lá onde mataram a anta gorda...”.

Como bem se pode deduzir, a cultura popular não demorou a assimilar o nome, de forma que, com o decorrer do tempo, todos os moradores da região já denominavam a área como “Anta Gorda”.

(http://www.portalmunicipal.org.br/) .  Anta Gorda – 40 anos, André Bozzetto.


1.10. Putinga – Síntese histórica
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Dados Gerais:

População: 4.263 - Urbana: 1.450 – Rural 2.903

Área: 218,1 Km2. Altitude: 435 m.

Data da Criação: 26.12.1963 – Origem: Encantado

Distância de Porto Alegre – 202 km

O nome do município se originou de uma espécie de taquara ou taquari, planta da família das gramíneas, muito abundante na época da colonização, conhecida pelo nome Putinga. Apresentando haste compacta e delgada, coloração verde escuro, folhas pequenas, servindo de alimento para o gado.

Outra versão é de que Putinga na linguagem tupi-guarani significa “Cara Branca”. Outra diz que o nome seria composto de “Pu” – estalar, rebentar (d água) e “Tinga” – barranco, daí queda d`água em cachoeira de Pedra esbranquiçada.

O primeiro núcleo de colonização de Putinga surgiu por volta de 1910. Entre seus habitantes predominavam os de origem italiana. Atualmente, Putinga é reconhecida no mundo inteiro, devido à queda de um meteorito no dia 16 de agosto de 1937.

Seus fragmentos encontra-se em diversos locais, como no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em Nova Iorque, Washington, entre outros.

Sobre o Meteorito de Putinga, oportuno transcrever, o Depoimento escrito por Zeferino Demétrio Costi, de Passo Fundo. Disponível: http://www.museumin.ufrgs.br/pormet.htm.

Considero-me um privilegiado por ter assistido ao excepcional fenômeno. Foi um espetáculo indescritível dentro da tarde ensolarada de inverno. Sabe-se que os meteoritos, ao entrarem na atmosfera, se desintegram e se transformam em pó, por isso não ficam registrados. O de Putinga não teve desintegração total, somente partiu-se em muitos pedaços, causando um espetáculo bem diferente.

Era eu, então prefeito de Encantado. Nessa tarde, encontrava-me em Muçum, então distrito de Guaporé, em visita a meus familiares. Inesperadamente, ouviu-se um forte estrondo, seguido de um prolongado trovão ribombando pelos ares, dando a sensação de que tudo trepidava. Era a queda de um meteorito sobre as terras de Putinga. Atônitos e, mesmo atemorizados, entreolhamo-nos. Jamais poderíamos imaginar que nesse dia seríamos testemunhas das explicações de cosmografia, dadas pelos irmãos Lassalistas, no Colégio de Canoas, só que o fato estava acontecendo com dimensões além da expectativa.
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Fotografia do quadro da artista de Estrela, Gisela Schinke, retratando a queda do Meteorito de Putinga. Quadro em poder do Dr. Hardy Grunewaldt, do qual obtivemos, gentilmente, a fotografia.
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Aquele barulhão estranho nos fez ver como que uma faixa no céu, deixando atrás de si, uma nuvem de fumaça escura de considerável extensão que chegou a encobrir o céu ensolarado. Imediatamente, fui chamado pela telefonista de Encantado, D. Geni Poletto, me comunicava pela linha intermunicipal, o estranho acontecimento.

Para a população de Putinga, era o apocalipse. Procurei serenar os ânimos e tomar as devidas providências para esclarecer os fatos. Com o subprefeito daquele povoado, Sr.Hermínio Cé, conseguimos coletar vários fragmentos, chegando, as amostras maiores ao peso de 50 Kg, aproximadamente. Vários exemplares foram remetidos à Porto Alegre para análises, e o material foi exposto na Praça da Alfândega. Os resultados dos exames encontram-se arquivados na Prefeitura de Encantado. Amostras foram catalogadas nos museus do país.

Em 1955, numa viagem turística à então capital Federal, Rio de Janeiro, visitando, com minha filha, o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, lá encontramos, ao lado do meteorito de Putinga, cuja identificação fazia referência ao meu nome como prefeito de Encantado, em 1937.

Posso dizer, com satisfação, que Putinga contribuiu para confir-mar que nem todo meteorito, ao entrar na atmosfera, se reduz a pó. Aquele provocou um verdadeiro pânico porque, por ser mais resistente, somente esfacelou-se, sendo então motivo de estudo. “Contudo, tendo caído em zona rural, não causou dano algum, tornando assim conhecida, em todo o país, a cidade de Putinga.”

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Cidade de Putinga, RS (foto enviada pela prima Orlete Ana Cimarosti)
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Os putinguenses apostam na terra e, com muito trabalho e suor, buscam em terrenos acidentados o sustento da família. São pequenos produtores que mesclam labuta, força de vontade e conhecimentos ad-quiridos. Agricultura e Pecuária são base econômica do município. Destaca-se na produção de milho e fumo e na criação de aves, suínos e gado leiteiro: além de outros produtos para sua subsistência. Em alta escala encontramos também o cultivo da Erva-Mate, áreas reflorestadas e parreiras.

Na indústria aparece a fabricação de móveis, esquadrias, joias e semipreciosas, confecções, extração de basalto e paralelepípedo, olaria, erva-mate que contribuem juntas na economia do município. O comércio e a prestação de serviços são diversificados. Temos também a presença de abatedouro, laticínio e moinho de milho. A coragem e a determinação deste povo fazem com que os serviços, em todos os ramos da indústria e do comércio, sejam eficientes.

A religiosidade é marca desde a imigração italiana. Estão presentes as igrejas: Católica Apostólica Romana, Assembleia de Deus e Evangélica Quadrangular. Em todas as comunidades existe o padroeiro, sendo o mesmo festejado com grande devoção.

A culinária italiana, mesclada ao suculento churrasco, faz-se presente em festas e eventos. As famílias tradicionais não dispensam a polenta, o salame, o queijo frito, o “radicci”, a “fortaia” e a boa macarronada, no seu dia-a-dia. O chimarrão e o vinho são as bebidas preferidas.

As habilidosas mãos desta terra produzem trabalhos que encantam e traduzem a sensibilidade e a criatividade dos artesãos.
Folheto: Departamento de Turismo e Cultura.


1.11. ILÓPOLIS - Síntese histórica

Data de Criação: 26/12/1963 - Lei de Criação: Lei nº. 4687.

Município de origem: Encantado. Altitude: 683 m.

Área do Município: 115,3 Km2. Distância de Porto Alegre: 192 km

População total: 4.256. – Urbana: 1.748 – Rural: 2.508.

Em 1905 iniciou-se a colonização do atual município de Ilópolis, com a chegada de imigrantes. Quando em 1815, foi criado o município de Encantado, suas terras estavam incluídas nos Distritos de Itapuca e Anta Gorda. A oportunidade surgiu com a construção da estrada que ligou Encantado a Soledade, em 1928. O fato é tão marcante que em 1931, o povoado de Ilópolis já tinha superado o de Itapuca, que não se localizava na beira da estrada. Sete anos depois, pelo Ato Municipal número 3 de 10 de janeiro de 1938, Ilópolis passa a sede de Distrito, ficando Itapuca apenas como povoado. Mais tarde foi recriado o Distrito de Itapuca, diminuindo a área de Ilópolis, sem, no entanto prejudicar sua situação de progresso. O nome escolhido foi bastante feliz, pois é uma cidade cercada de bela vegetação. Os vocábulos são de origem grega, significando a "cidade dos Bosques".

Os primeiros registros que se tem conhecimento, até o momento, datam de 1860. Em 1911, começavam a chegar os primeiros colonizadores italianos, filhos e netos de imigrantes italianos vindos de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Veranópolis. Vinham atraídos pela grande concentração de pinhais, pois eram madeireiros de ofício.

Em março de 1914, recebeu a denominação de Figueira. Um ano após, em março de 1915, passou a denominar-se Ilópolis, nome escolhido pelo Dr. Alfredo Mutzel, engenheiro chefe da então Comissão de Terras e Colonização que significa: Ilo - do latim - Erva e Polis - do grego - Cidade, "Cidade da Erva-Mate", em virtude da grande abundância dadivosa espécie florestal no seu território.

Fonte: Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul, Prefeitura Municipal e/ou outros Colaboradores.

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Igreja de Ilopólis, RS.
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Vista área cidade de Ilópolis, RS – Foto de Eduardo Brunet
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1.12. ARVOREZINHA – Síntese histórica

Data de Criação: 16/2/1959 - Lei de Criação: Lei nº. 3717.

Distância de Porto Alegre - 203 km

Área do Município: 277,9 km2

Altitude: 750 m.

População total: 10.251 - Urbana: 5.366 - Rural: 4.885.
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Localização  da cidade de Arvorezinha, RS
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       Este aconchegante município, entre serra e campos, localizado na região alta do Vale do Taquari, encanta pelo cenário bucólico, paisagens e bosques de extraordinária beleza. A natureza predomina em grande parte de sua área, com grandes extensões de erva-mate, araucárias, figueiras entre outras árvores nativas. Isso proporciona ao homem o contato direto com este santuário ainda intocável, num relevo formado por campos nativos, coxilhas, vales profundos e chapadões das mais varadas formas.

 Na bela paisagem que circunda o interior, ainda se encontram diversas espécies de animais selvagens e aves nativas entre as quais se destacam o bugio, o tamanduá, o quati, a anta, além do tucano, do sabiá, do papagaio, da caturrita e da codorna entre tantos.

 Mas os traços da colonização também estão presentes em diversas comunidades do interior, onde os descendentes de imigrantes italianos deixaram uma riqueza arquitetônica de rara beleza e merece ser apreciada. Por outro lado os portugueses também deram sua contribuição nas dezenas de fazendas propicias para serem aproveitadas para o turismo rural.

Depois de Alto da Figueira, o nome atual originou-se em 1938, pelo fato de já existir outra localidade com esta denominação. Após de muita discussão sem ter chegado a um consenso, alguém olhou para a igreja matriz situada no alto de um morro e disse: "Veja aquela arvorezinha de figueira, que tal colocar o nome de Arvorezinha para este lugar?” A sugestão foi logo aceita e a pequena árvore, hoje bem maior, ainda permanece no mesmo lugar como querendo testemunhar o crescimento do município.

 Arvorezinha é um município com uma característica própria é formado por terras de dois municípios originais: Porto Alegre e Rio Pardo.

A colonização das terras de Arvorezinha começou por volta de 1900, com a chegada dos primeiros imigrantes italianos e portugueses, provenientes de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Veranópolis e de parte do Planalto rio-grandense.

Disponível: http://www.riogrande.com.br/municipios/arvorezinha.htm
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Arvorezinha (Google)
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DEPOIMENTO

  Terezinha Rosa Dettoni Marca, casada com Clauir Desengrini, filha de Natal Tasca Marca -- excepcional colaboradora na pesquisa e levantamentos de dados da família Marca -- manifesta sua alegria e orgulho de viver “nesse maravilhoso município, que acolheu a sua numerosa família, de origem italiana e de outras origens, que fazem parte da população, hoje, estimada em 10.300 habitantes”.

  Nesta região nasceram várias gerações de descendentes de imigrantes italianos, entre outros, além dos Marca, das famílias Tasca, Dettoni, Grasselli, Desengrini, Santin, Carnetti, Cavalli, Fornari, Bortolotti, Araldi, Rissini, Franzon, Perin,Turatti, Sabadin, Paludo, Dall`Acqua, Coradi e de dezenas de outros.

 Na belíssima cinquentenária paróquia de Arvorezinha foram batizados, fizeram a primeira comunhão, crisma e o casamento. Abandonando a área rural, necessitaram de novos aprendizados, exigidos pelas novas profissões e atividades desenvolvidas.

 Todos os anos, quando chega dezembro, centenas e centenas de pessoas visitam a cidade para festa do Natal do “Presépio Vivo”, com a participação de mais de 200 figurantes, para comemorar o nascimento do menino Jesus.

 “Conclui, na roça os progenitores continuam trabalhando pelo desenvolvimento do município através do plantio de milho, feijão, trigo, fumo, soja, criação de gado, suínos, aves, erva-mate, entre outros”.
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Igreja de Arvorezinha, RS
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2. Itália – história, dados gerais, síntese

A Itália

A Itália é um país europeu, localizado no sul do continente, ocupando a quase totalidade da Península Itálica, mais as ilhas da Sardenha e Sicília. A fundação do moderno Estado italiano data da Unificação, completada em 1870.

História da Itália

A Itália, um país do sul da Europa que faz fronteira ao norte com França, Suíça, Áustria e Eslovênia, cujo território principal forma uma península no mar Mediterrâneo e inclui as ilhas de Sardenha, Sicília, Ischia e Capri, sofreu, historicamente, a influência de etruscos, gregos e celtas antes de ser unificada em 262 a.c. pelo domínio romano; Roma continua a ser a capital da Itália até hoje. O nome Itália vem da Roma antiga. Os romanos chamavam de Itália o sul da península Itálica ou Apenina, que significa "terra de bois" ou "terra de pastos".

A Itália influenciou bastante o desenvolvimento cultural e social de toda a Europa mediterrânea, bem como teve muita influência sobre a cultura européia. Importantes culturas e civilizações existiam no país desde tempos pré-históricos. No II milênio, a civilização dos terramares (Pó) já conhecia o bronze; a dos vilanovianos, no II milênio, corresponde à difusão do ferro.

A partir do século VIII A.C., os gregos fundaram colônias na Sicília e na Itália do Sul (Grande Grécia); ao mesmo tempo se instalavam na Itália os etruscos, de origem asiática, que dominaram esta parte do mundo durante séculos. A civilização etrusca conheceu seu apogeu nos séculos VI e V A.C. Enquanto os etruscos se estendiam pelo Norte, os púnicos controlavam a Sicília e a Sardenha. Nos séculos V e IV A.C., os celtas instalaram-se na planície do Pó (Gália Cisalpina). Do século IV ao século II A.C., Roma conquistou progressivamente toda a península, de tal forma que sua história se confunde com a da Itália.

Política Italiana

A Itália é uma democracia parlamentar.

A Constituição italiana de 1948 estabeleceu um parlamento bi-cameral, que consiste de uma Câmera dos Deputados (Camera dei De-putati) e de um Senado (Senato della Repubblica) bem como um sistema judiciário; e um sistema executivo composto de um Conselho de Ministros (Consiglio dei ministri), liderado pelo primeiro-ministro (Presidente del consiglio dei ministri). O Presidente da República (Presidente della Repubblica) é eleito para mandatos de sete anos de duração pelo parlamento, juntamente com certo número de delegados regionais. O presidente escolhe o primeiro-ministro, e este propõe os outros ministros, que são aprovados pelo presidente. O Conselho de Ministros precisam ter apoio (Fiducia - confiança) de ambas as casas do parlamento.

Os deputados que são eleitos para o parlamento são eleitos diretamente pela população. De acordo com a legislação italiana de 1993, a Itália tem membros únicos de cada distrito do país, para 75% dos postos no parlamento. Os outros 25% dos postos parlamentares são distribuídos regularmente. A Câmara dos Deputados possui oficialmente 630 membros (mas de fato, são apenas 619 depois das eleições italianas de 2001). O Senado é composto por 315 senadores, eleitos pelo voto popular, bem como ex-presidentes e outras pessoas (não mais que cinco), indicadas pelo Presidente da República, de acordo com provisões cons-titucionais especiais. Ambas as Câmaras de Deputados e o Senado são eleitos para um mandato de no máximo cinco anos de duração, mas elas podem ser dissolvidas antes do término do mandato. Leis podem ser criadas na Câmara de Deputados ou no Senado, e para serem aprovadas, precisam da maioria em ambas as Câmaras.

O sistema judiciário italiano é baseado nas leis romanas, modificadas pelo Código Napoleônico e outros estatutos adicionados poste-riormente. Há também uma Corte Constitucional (Corte Costituzionale), uma inovação pós-segunda guerra mundial.

Sub-Divisões da Itália

As vinte regiões da Itália são a primeira subdivisão do país, tendo sido instituídas com a Constituição de 1948 com o objetivo de reconhecer, proteger e promover a autonomia local.

Cinco das vinte regiões possuem um estatuto especial (Friuli-Venezia Giulia, Sardenha, Sicília, Trentino-Alto Ádige, e Vale de Aosta), o que lhes garante mais ampla autonomia para legislar sobre diversas matérias que não sejam de monopólio estatal. Estas cinco regiões são autônomas por fatores culturais, lingüísticos e geográficos.

Cada região tem um conselho (consiglio regionale, na Sicília assemblea regionale) eleito e uma junta (giunta regionale) encabeçada por um presidente. A junta é responsável pelo conselho e deve renunciar se falhar em manter a sua confiança.

As quinze regiões de estatuto ordinário foram estabelecidas por várias leis em 1970 e elas servem prioritariamente para descentralizar a máquina de governo do Estado, e administrações recentes têm dado mais poderes às regiões. Muitas das regiões do norte estão buscando mais autonomia e poder. As regiões são encabeçadas por um comissário que serve para coordenar os assuntos e atividades do aparato do governo central. Os governos provinciais e comunais seguem princípios similares: conselhos e juntas encabeçadas por presidentes provinciais ou prefeitos comunais.

A autonomia regional (federalismo) tem sido um assunto dos políticos italianos em anos recentes, sem dúvida ajudada pelo surgimento de partidos tais como a Liga Norte.

Economia

Até a segunda guerra mundial, a economia da Itália era baseada primariamente na agricultura. Porém, após o fim da guerra, a economia do país passou por grandes mudanças, que tornaram a Itália um país primariamente industrial. A Itália foi um dos membros fundadores da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e da Comunidade Econômica Européia, que são os antecessores da atual União Européia - criada em 1993 pelos membros da Comunidade Econômica Européia - da qual a Itália também faz parte.

Devido ao seu terreno acidentado, a maior parte da Itália não possui solo apropriado para a prática da agricultura, fazendo com que o país seja um importador de alimentos. Além disso, o país possui poucos recursos naturais importantes, tais como petróleo, ferro e carvão, por exemplo, obrigando o país a importar também estes recursos naturais de outros países para o abastecimento de suas indústrias. Também por causa da falta destes recursos naturais, a Itália é obrigada a importar muito da eletricidade consumida no país.

A Itália possui grandes diferenças socioeconômicas entre a região norte e a região sul do país. O norte da Itália é altamente industrializado, e onde está localizado o centro financeiro do país, a cidade de Milão. A taxa de desemprego no norte do país é de aproximadamente 4%. Enquanto isto, a economia do sul do país ainda é dependente primariamente da agricultura. No sul do país, a taxa de desemprego é de aproximadamente 20%, cinco vezes maior do que no norte do país. Além disso, pessoas do sexo feminino possuem mais dificuldades em achar um emprego do que pessoas do sexo masculino. Esta dificuldade se acentua no sul - por causa do maior conservadorismo da população do sul da Itália, em relação à população do norte do país.

Numa perspectiva histórica, a Itália, que se destacou nos primeiros 500 anos da era Cristã pelo Poder do Império Romano, na Idade Média pela influência do Poder temporal da Igreja Católica, mais tarde, no Renascimento, pela vitalidade econômica das Cidades-Estado, Veneza, Florença e Génova, teve sua vitalidade econômica prejudicada na Revolução Industrial por ter escassez de matérias primas e de fontes de energia e um mercado insuficiente para desenvolver indústrias competi-tivas.

Com o mercado comum da União Europeia, e sua moeda forte, o Euro, a Itália se destaca em muitos segmentos da indústria do conhecimento, da moda ou da indústria de serviços. O PIB italiano é próximo ao PIB inglês e ao PIB francês, e a renda per capita italiana é aproximadamente a mesma da renda per capita da Alemanha.

Demografia da Itália

A Itália tem uma das densidades de população mais altas da Europa. Densidades de cerca de 200 pessoas por Km² ocorrem na maioria da Planície italiana Norte; na costa Lígure; no Vale do Arno e Toscânia do norte; nas regiões adriáticas montanhosas de Marche, Abruzzi, e Molise; a maioria da Úmbria, Lácio, Calábria, e Apúlia; e muitas áreas litorâneas na Sicília. As áreas escassamente povoadas são os planaltos Alpinos, partes do Apeninos na Ligúria e Calábria; e os pântanos de Toscânia e Lácio.

O coeficiente de natalidade atual da Itália e a taxa de mortes estão ligeiramente abaixo da média européia. O crescimento da população diminuiu em 4,4% da década de 1970 para 1990. Embora a taxa de crescimento comum no Mezzogiorno (sul), é mais alta que no norte, a população de Itália central, e do norte, tendeu geralmente a crescer mais rapidamente do que isso, no Mezzogiorno, principalmente por causa de um padrão de migração interno, no qual as pessoas do sul menos desenvolvido iam em direção ao norte à procura das maiores oportunidades econômicas que eles esperavam achar nas áreas desenvolvidas.

Três quartos da população vivem em áreas urbanas, com uma média perto da européia. Roma, a capital da nação, também é a maior cidade. Milão, Nápoles, e Turim, cada uma, têm mais de um milhão de habitantes. Milão é a principal cidade comercial da Itália, centro financeiro, e industrial. Outras cidades grandes incluem Génova, Palermo, Bolonha, Florença, Catânia, e Veneza.

A emigração foi por muito tempo uma característica da popula-ção da Itália. Entre 1861 e 1965, calcula-se que 26,5 milhões de italianos emigraram, principalmente para os Estados Unidos, Argentina, e Brasil. Sós seis milhões voltaram. A partir da Segunda Guerra Mundial continuou a emigração, principalmente por parte de trabalhadores que deixaram temporariamente a Itália para empregar-se noutras nações europeias: a Alemanha (particularmente a Ocidental) e a Suíça. Só aproximadamente 25% de todos os migrantes durante este período emigraram permanentemente para o ultramar. Durante os anos 80 e 90 uma tendência nova se desenvolveu: A própria Itália começou a atrair os imigrantes, primeiro da África Norte, depois da Albânia, Iugoslávia, e outros países da Europa Oriental.

http://www.brasilescola.com/geografia/italia.htm

SÌNTESE

ÁREA: 301.302 km²

CAPITAL: Roma

POPULAÇÃO: 57,3 milhões (censo de 2000)

MOEDA: Euro e lira italiana.

NOME OFICIAL: República Italiana (Repubblica Italiana)

NACIONALIDADE: italiana

DATA NACIONAL: 25 de abril (Dia da Libertação).

GEOGRAFIA DA ITÁLIA:  
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LOCALIZAÇÃO: Sul da Europa.

FUSO HORÁRIO: +4h em relação à Brasília

CLIMA: mediterrâneo (SUL), temperado oceânico (NORTE).

CIDADES PRINCIPAIS: Roma, Milão, Nápoles, Turim, Palermo, Gêno-va, Veneza.

COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO: italianos 97,7%, outros 2,3% (censo de 1996).

IDIOMA: italiano (oficial), dialetos italianos, alemão, rético, francês, gre-go, albanês, sardo.

RELIGIÃO: cristianismo 83,2% (católicos), sem filiação e outras 16,8%.

DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 190,17 hab./km2.

CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 0% ao ano (1995-2000).

TAXA DE ANALFABETISMO: 1,5% (censo de 2000).

RENDA PER CAPITA: US$ 20 090 (1998).

ECONOMIA:

Produtos Agrícolas: beterraba, uva, milho, tomate, trigo.

Pecuária: bovinos, suínos, aves.

Mineração: petróleo, sal rochoso, feldspato, linhito, pedra-pome.

Indústria: máquinas, refino de petróleo, alimentícia, metalúrgica, quími-ca.

www.suapesquisa.com/paises/italia/
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Roma preserva importantes monumentos construídos em épocas remotíssimas, como o Coliseu, o Panteão e as ruínas do Fórum Romano.
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Coliseu – Roma  - Itália. (Apud: www.herbario.com.br/fotoweb.)
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O Coliseu, outrora referido como Anfiteatro de Flávio, deve seu nome à expressão do latim Coliseum, devido ao colossus de Nero que ficava perto da edificação. É uma exceção entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitetônico, era um local onde era exibida toda uma série de espetáculos, inseridos nos vários tipos de jogos realizados na urbe. Os combates entre gladiadores, entre estes e feras ou mesmo combates navais, concediam uma especial relevância às características essenciais da cultura romana, dos valores morais greco-romanos instituídos e do verdadeiro “tesouro” composto pelas lendas e mitos desta civilização.

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O Panteão de Roma, situado em Roma, Itália, é o único edifício construído na época greco-romana que, atualmente, se encontra em perfeito estado de conservação. Desde que foi construído que se man-teve em uso: primeiro como templo dedicado a todos os deuses do panteão romano (daí o seu nome) e, desde o século VII, como templo cristão. É famoso pela sua cúpula.

O Panteão original foi construído em 27 a.c. durante a República Romana, durante o terceiro consulado de Marco Vipsânio Agripa. Efetivamente, o seu nome está inscrito sobre o pórtico do edifício. Lê-se aí: M. AGRIPPA.L.F.COS.TERTIUM.FECIT, o que significa: "Construído por Marco Agripa, filho de Lúcio, pela terceira vez cônsul".

http://pt.wikipedia.org/wiki
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Panteão

Encravado na capital italiana, está o Estado do Vaticano, sede da Igreja Católica - instituição com forte participação na vida nacional. Durante o Renascimento, o país torna-se centro de irradiação científica e cultural. As principais cidades italianas abrigam hoje um patrimônio histórico e artístico de valor incalculável.
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Basílica de São Pedro – Roma – Vaticano (www.brasil-holanda.com/album)
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2.1. A ITÁLIA NA EPOCA DA IMIGRAÇÃO E A PRIMEIRA VIAGEM DE IMIGRANTES PARA O BRASIL

A primeira viagem de imigrantes italianos para o Brasil aconteceu no dia 3 de janeiro de 1874, às 13 horas, quando partiram do Porto de Gênova, em um navio à vela, o "La Sofia", na expedição Tabacchi, e a segunda pelo ”Rivadávia", ambos de bandeira francesa.

O "Sofia" chegou ao Brasil em 21 de fevereiro de 1874, sendo que 386 famílias, para as terras de Pietro Tabacchi, em Santa Cruz.

Segundo o sociólogo italiano Renzo M. Grosselli, a Expedição de Pietro Tabachi, foi o primeiro caso de partida em massa de imigrantes da região norte da Itália para o Brasil.

O nome da colônia criada no Espírito Santo, pelo Governo Brasileiro, chamava-se Nova Trento. Podemos dizer que Santa Cruz foi o berço da Imigração italiana no Brasil.

Na primeira metade do século XIX, a Europa encontrava-se marcada por diversas revoluções liberais, vindo a ocasionar profundas modificações políticas e econômicas em seu seio.

Após o Congresso de Viena em 1814, a Itália estava dividida em sete regiões: o Reino do Piemonte-Sardenha; o Reino Lombardo-Veneziano; o Reino das Duas Sicílias; os Estados da Igreja e três Ducados submetidos ao poderio austríaco.

Surgiu na Itália a ordem Carbonária, que tinha por objetivo combater o absolutismo, a intolerância da religião e buscava como princípio fundamental, defender os ideais liberais. Um nome foi destacado, o de Giuseppe Mazzini.

Em 1860 surgiu no conflito Giuseppe Garibaldi, líder da Sociedade Nacional, um movimento que também adotava como preceito, a liberdade italiana e sua unificação.

Em 1850, sobre 1.800 Comunas do Reino de Nápoles, 1.500 não tinham estradas. Em muitas regiões, não sabiam o que era o dinheiro; as trocas se faziam em natura, como no tempo de Cícero.

"Il sostentamento di un bracciante costa meno di quello di un asino.

"O sustento de um trabalhador braçal custa menos do que o de um burro”.

Em 1861, somente 600.000 podiam votar: aqueles que tinham um patrimônio ou uma renda. Eram os "Signori". E só os abastados podiam ser votados. Portanto, o povo comum não tinha representantes no Congresso.

Os colonos não tinham propriedades; viviam do trabalho escravo. As massas populares não eram consideradas povo. Quando se falava em "povo", entendia-se a burguesia: os funcionários, os comercian-tes, os advogados, os médicos, etc. Os outros (e eram os quatro quintos) não contavam nada. Os cargos políticos eram impostos pelo Rei.

Com essa situação, com as autoridades insensíveis às necessidades das massas populares, começaram os primeiros movimentos emigratórios. Os colonos fugiam de um País ingrato, que nunca foi sua verdadeira Pátria.

Entre 1860 e 1865 houve revoltas e massacres no Sul da Itália; muitos bispos foram expulsos ou presos. Aqui começa o período da longa emigração.

A malária matava 40.000 pessoas por ano; a pelagra, 100.000. Entre 1884 e 87 a cólera tinha matado 55.000 pessoas. As estatísticas falam em 400.000 mortes por ano. Metade eram crianças com menos de cinco anos, porque a comida era escassa, a higiene quase nula e a consulta médica a um preço proibitivo. Dos 3.672 trabalhadores nas minas sicilianas de enxofre, só 203 foram declarados sãos e aptos para o serviço militar. O resto era tudo doente. Dos 30.000.000 de habitantes, 21.000.000 eram colonos.

O arado era ainda aquele de prego, o mesmo usado por Cincinato, 2.000 anos antes. Entretanto, a Inglaterra, a França e a Alemanha já haviam ingressado na era industrial.

A Itália parecia um país de miseráveis analfabetos. Só o Piemonte e a planície do Pó demonstravam um pouco de progresso agrícola. Centenas de milhares de Italianos viviam ainda em grutas ou cabanas de pau a pique e barro, sem janelas, ou em escavações feitas na rocha. Segundo dados de 1879, aí viviam na média 10 pessoas por vão.

As terras pertenciam a quem não tinha amor ao campo; quem trabalhava os campos era um servo, o descendente dos escravos.

Havia grandes propriedades burguesas, conseguidas pelos "notabili" através da usurpação e da aquisição de terras tiradas da Igreja.

Nessas propriedades os colonos eram explorados; não tinham nenhum vínculo com a terra. Por isso, havia uma vontade terrível de terra, não somente de possuí-la, mas de sair do nada, de conquistar uma dignidade. Foi assim que acolheram com entusiasmo a Giuseppe Garibaldi, porque esperavam a distribuição das terras e se atiraram com fúria sobre as propriedades dos "galantuomini", latifundiários, mas foram barrados e espancados. Alguns repetiam:

"Sarà quel che sarà. Peggio del presente non sarà. Tentiamo la sorte. E poiché abbiamo, presto o tardi, da morire, tanto vale di lasciare la nostra pelle in America come in Europa...

Viva l`America! Morte ai signori!... Noi andiamo in Brasile.

Ora toccherà ai padroni lavorare la terra.“

Nessas condições, portanto, a emigração era não só estimulada pelo governo, como era, também, uma solução de sobrevivência para as famílias.

Assim, é possível entender a saída de cerca de sete milhões de italianos no período compreendido entre 1860 e 1920.

Os primeiros imigrantes a deixarem a Itália na época da "grande imigração" (1870-1920), foram sobretudo os Vênetos, cerca de 30% do total, seguidos dos habitantes de Campânia, Calábria e Lombardia. Esse primeiro grupo foi sucedido por emigrantes da região sul. Os Vênetos eram mais loiros do que a maioria dos italianos, eram pequenos proprietários, arrendatários ou meeiros, para quem a possibilidade do acesso à terra era um estímulo decisivo para o empreendimento da arriscada viagem, os imigrantes do sul eram morenos, mais pobres e rústicos, geralmente camponeses que não dispunham de nenhuma economia e eram chamados de braccianti.

Em 1850, o Brasil encarava dificuldades quanto a uma mão-de-obra especializada, basicamente a força de trabalho era formada por escravos e neste mesmo ano, seria adotada a Lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico negreiro.

O governo brasileiro tomou conhecimento que levas de imigrantes europeus estavam partindo para os Estados Unidos, Austrália, a própria América do Sul, levando na bagagem um sonho de uma vida melhor, foi quando o mesmo interessou-se em trazer estas levas ao Brasil.

A primeira leva de imigrantes italianos vinda ao Brasil aconteceu em 1874, porém a imigração só foi oficializada, em 1875.

A travessia do Atlântico, em velhos navios, era dramática, um jogo no escuro: tudo podia correr bem, mais ou menos, ou mal. Mortes de pessoas, na travessia, eram comuns. Naufrágios, também, não raro aconteciam.

De qualquer forma, os “Quaranta sei giorni di macchina e vapore” constituíam uma angústia e um medo só. No Brasil, os emigrantes se dirigiram para os Estados do Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E os Estados do Sudeste: São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Aqui fundaram pedaços da Itália: Nova Roma, Nova Vicenza, Nova Veneza, Nova Trento, Novo Treviso, Nova Pádua, Nova Údine, Vale Vêneto, etc.

Graças à vontade férrea, a maioria venceu na vida e se tornou proprietário, alguns bem abastados.

"Dove lo Stato era fallito, gli straccioni erano riusciti" (Manzotti).

"Onde o Estado faliu, os maltrapilhos tiveram sucesso”.

Interessante notar que se trata de um único passaporte para toda a família. Muitas famílias de imigrantes eram numerosas. Mas também havia casais com um ou dois filhos, homens casados sem a família (que viria depois) e jovens solteiros.

Os emigrantes Italianos, com sua saída, permitiram o progresso da Itália, diminuindo a população e fazendo sobrar alimento para os que ficaram. Recomeçando sua vida no meio do mato e entre animais ferozes, e com falta de tudo, ainda enviavam tanto dinheiro aos parentes no "Paese" de origem, que o Ministro das Finanças da Itália considerou es-sas remessas um "ruscello d`oro", um filete de ouro.

A propaganda dos pioneiros aos compatriotas.

Os primeiros colonos instalados no Brasil escreviam a seus parentes na Europa dizendo:

“Venham o quanto antes”. Paulo Rossato, um dos primeiros colonos de Garibaldi – RS escreveu aos pais dizendo: “Tratem de vir o quanto antes possível. (...) A posição é boa, os ares são melhores que na Itália, é boa a água. Haveria uma colônia próxima à minha. Se pensa em vir, trate de escrever-me o quanto antes, que lhe reservo a terra”. (op.cit.19-20)

Porém, a Itália só ultimamente começou a se interessar por seus filhos "all`estero" (no estrangeiro), calculados em 20.000.000, a maioria vivendo no Brasil.

Os ítalo-brasileiros são considerados a maior população de oriundi (descendentes de italianos) fora da Itália.
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Emigração italiana para o Brasil, segundo as regiões de procedência:

Período 1876/1920

Vêneto 365.710

Campânia 166.080

Calábria 113.155

Lombardia 105.973

Abruzzi/Molizi 93.020

Toscana 81.056

Emília Romana 59.877

Brasilicata 52.888

Sicília 44.390 Piemonte 40.336

Puglia 34.833

Marche 25.074

Lázio 15.982

Úmbria 11.818

Ligúria 9.328

Sardenha 6.113

Total 1.243.633

(Fonte:Brasil 500 anos de povoa-mento. IBGE. Rio de Janeiro. 2000)
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www.abruzzo.org.br/arquivos/imigracao_italiana.pp

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2.3. – Origem da família Salva-

Mapa de Vêneto



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Comune di Nanto
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Antico borgo con poco più di duemilacinquecento abitanti, Nanto è situato a soli 18 chilometri a sud di Vicenza, lungo il versante orientale dei Monti Berici, dolci declivi che raggiungono al massimo i 445 m d'altitudine.

D’inverno, quando la nebbia nasconde la pianura, le morbide e verdi colline di Nanto affiorano dalle brume come isole galleggianti, illuminate dal sole e magicamente sospese nell'aria tersa. La macchia mediterranea, molto estesa grazie al clima temperato, i numerosi vigneti e gli ulivi secolari, introdotti al tempo dei Dogi, disegnano un paesaggio dolce e dal cuore caldo, eccezionale per queste latitudini.

Il territorio è anche ricco d'acqua; con una bella passeggiata, attraverso ampie distese di boschi, vigneti e colture, si può raggiungere il vicino lago di Fimon ed esplorare una terra ricca di segreti.

Tutt'attorno, infatti, i frequenti fenomeni di carsismo sotterraneo e di superficie hanno scavato nei millenni innumerevoli 'covoli', grotte e ripari nella nuda roccia che hanno rivelato, in alcuni casi, veri e propri tesori archeologici.

Questa terra è rigogliosa anche dal punto di vista artistico: la campagna è impreziosita da antichi mulini, torri colombare, fontane e lavatoi in pietra lavorata a mano. Qui s'incontrano, infine, le autentiche regine dell'entroterra della Serenissima: le magnifiche ville venete.

Abitanti : 2.283;superficie 14.51 kmq; frazioni Bosco,Ponte.

Comuni limitrofi Volon (Padova, Mossano, Arcugnano, Castagnero, Montegaldella.

Português:

Antigo município com pouco mais de dois mil habitantes, Nanto está localizado a apenas 18 quilômetros ao sul de Vicenza, ao longo do lado oriental dos Montes Berici, que alcançam no máximo 445m de altitude.

No inverno, quando o nevoeiro esconde a planície, as suaves e verdes colinas de Nanto emerge da neblina como ilhas flutuantes, iluminadas pelo sol e magicamente suspensas no ar claro. A área formada de árvores e arbustos, sempre verdes, típica da zona mediterrânea é extensa graças ao clima temperado; os numerosos vinhedos e as oliveiras seculares, introduzidos na época da República Veneziana, desenham uma linda e acolhedora paisagem, incomum para estas latitudes.

O território também é rico em água; com um passeio pelas amplas extensões de bosques, vinhedos e culturas, pode-se chegar perto do lago Fimon e explorar uma terra cheia de segredos.

Tudo ao redor é protagonizado por frequentes fenômenos das águas subterrâneas e de superfície que, ao longo dos milênios, esculpiram incontáveis cavernas, grutas e abrigos na rocha nua que revelaram, em alguns casos, verdadeiros tesouros arquielógicos.

Essa terra é exuberante também do ponto de vista artístico: a campanha é embelezada por antigos moinhos, torres medievais, fontes e lavatórios de pedra esculpida à mão. Aqui se encontram, enfim, as autênticas rainhas do interior da República de Veneza: as belas mansões vênetas.
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COMUNE DI MOSSANO

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Paróquia de Mossano, VI   (Foto Karine Montemezzo Telli)
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Abitanti: 1.686, superfície 13.98Kmq, dista da Vicenza Km.22,altitudine 89 mt.s.l.m.-

Comuni limitrofi:Arcugnano,Barbarano,Nanto,Rovolon (Padova).

Frazione:Ponte.

Secondo alcuni studiosi il nome Mossano deriverebbe da " Mons sanum" altri fanno derivare il topônimo dall'onomastico romano "Mussius" o da una radice mediterranea tipo "Mozza" riferita ai caratteri del suolo.

Il territorio era già abitato nel Paleolitico, ne sono testimoni i numerosi covoli (grotte e cavità più o meno naturali). Diffusi come in tutto il Basso Vicentino i reperti dell'età romana.

La vallata che si estende fra i colli di Mossano fu paludosa fino al Cinquecento; l'acqua dei torrenti montani e della pianura paludosa, incanalata in canali di scolo, dava lavoro a ben 12 mulini sia per frumento che per il riso.

Situato alle pendici dei Colli Berici il comune di Mossano basa la sua economia sull'attività agricola,sulla produzione di ortaggi e, in particolare, sulla viticoltura.

Da visitare: Villa Pigafetta-Camerini(XVII secolo).Chiesa Parrocchiale (1874).Villa Ghiotto.

http://www.onaf.it/stradaformaggioVI.pdf

Português: Município de Mossano

População: 1686, área 13,98km2, distante 22 km de Vicenza, altitude: 89m acima do nível do mar.

Municípios limítrofes: Arcugnano, Barbarano, Nanto, Rovolon (Província de Pádua). Distrito: Ponte.

Alguns estudiosos acreditam que o nome Mossano derivaria de "Mons sanum"; outros fazem derivar o topônimo do onomástico romano Mussius ou de uma raiz mediterrânica tipo Mozza que se refere às ca-racterísticas do solo.

O território já era habitado no Paleolítico; são testemunhas as numerosas cavernas, grutas e cavidades mais ou menos naturais. Difundidas, como em toda baixa Vicenza, as descobertas da época romana.

O vale que se estende entre as colinas de Mossano era pantanoso até 1500; o fluxo de água dos montes e da planície pantanosa, canalizada, proporcionava a movimentação de 12 moinhos de trigo ou arroz.

Situado na encosta das colinas Berici, o Município de Mossano, tem sua economia baseada na atividade agrícola, a produção de hortaliças e, em particular, da viticultura.

Locais a visitar: Mansão Pigafetta Camerini (século XVII), igreja Paroquial (1874), mansão Ghiotto.

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2.4. Província de Vicenza – Algumas recordações de Vicenza (ALCUNI RECORDI DI VICENZA).
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La Cita di Vicenza è un'ideale fermata bed and breakfast in Italia per turisti che desiderano sperimentare lo stile di vita e la cultura del luogo.

Questa città rinascimentale offre molte attrattive turistiche sia per i giovani che per gli anziani, inoltre si può facilmente visitare a piedi.

La città è situata nel Veneto, circa a metà strada tra Venezia e Verona, e offre al visitatore la sua ricca storia, meravigliosi monumenti e cucina eccellente. Nella città ci sono numerosi alberghi, ma le sistemazioni migliori sono in case private e in famiglie che praticano attività di bed and breakfast.

Vicenza è la patria del più grande architetto del '500, Andrea Palladio, e ospita molte delle sue straordinarie creazioni tra cui la villa detta "la Rotonda". Dal punto di vista dei monumenti architettonici, Vicenza è quindi una miniera d'oro sia per gli studenti sia per i turisti. La sua posizione la rende una buona base di partenza per ogni itinerario di viaggio nel Veneto, a cominciare da quello che porta ai castelli medievali e alle ville delle vicine Marostica e Montecchio .http://www.bedbreakfast-italy.com/alloggio/

 Português: A cidade de Vicenza é, na Itália, uma parada ideal para turistas que desejam experimentar o estilo de vida e a cultura do lugar.

Essa cidade renascentista oferece muitas atrações turísticas, para os jovens e os idosos, e pode ser facilmente explorada a pé.

Localizada no Vêneto, a meio caminho entre Veneza e Verona, Vicenza oferece ao visitante sua rica história, maravilhosos monumentos e excelente cozinha.

Existem muitos hotéis, mas as melhores opções são em casas particulares e nas famílias que acomodam turistas em suas residências.

Vicenza é o berço do maior arquiteto do período quinhentista, Andrea Palladio, e abriga muitas de suas incríveis obras, como a mansão chamada "La Rotonda".

Do ponto de vista dos monumentos arquitetônicos, Vicenza é, portanto, uma mina de ouro para os estudantes e para os turistas.

Sua localização faz com que seja um bom ponto de partida para qualquer roteiro de viagens na região do Vêneto, começando por aquele que leva aos castelos medievais e às mansões das vizinhas Marostica e Montecchio
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Museo del Risorgimento

Il museo di guerra sul monte Berico racchiude parecchi interessanti oggetti sia della prima sia della seconda guerra mondiale. Saliremo le scale in legno che conducono su a villa Guiccioli dalla valletta del Silenzio e godremo diversi begli scorci di panorama di Vicenza. La villa che ospita il museo venne costruita nel tardo '700 da Marino Ambellicopoli, di origini greche. Il secondo proprietario, il marchese Guiccioli, aggiunse un piccolo oratorio nel 1855. La villa fece parte dello scenario in cui si svolse la disperata difesa italiana durante la battaglia di Vicenza del 1848, durante la prima guerra d'Indipendenza, e così quando essa diventò di proprietà del comune fu scelta come sede per il museo del Risorgimento e della Resistenza. Nella foto sulla destra abbiamo una vista della basilica di monte Berico proprio dietro un cannone della I guerra mondiale. Il museo si può raggiungere rapidamente in auto, ma la salita tra i boschi offre alcune ottime opportunità per le fotografie
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Português: O museu de guerra no monte Berico contém muitos objetos interessantes, seja da Primeira ou da Segunda Guerra Mundial.

Subindo as escadas de madeira, que conduzem à mansão Guiccioli do Vale do Silenzio, desfruta-se o panorama de Vicenza, através de diversos ângulos. A mansão que abriga o museu foi construída no final do período setecentista por Marino Ambellicopoli, de origens gregas.

O segundo proprietário, o marquês Guiccioli, acrescentou um pequeno oratório em 1855. A mansão fez parte do cenário em que se desenvolveu a batalha de Vicenza em 1848, durante a primeira guerra de independência, onde a defesa italiana lutou desesperadamente e, assim, quando a mansão se tornou propriedade do município foi escolhida como sede para o museu do Ressurgimento e da Resistência.

A fotografia à direita dá uma visão da basílica de Monte Berico, atrás de uma arma da I Guerra Mundial. Pode-se chegar ao museu ra-pidamente de carro, mas a subida entre os bosques, oferece ótima oportunidade de obter belas fotografias.
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Il piazzale di Monte Berico
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 Il piazzale davanti alla chiesa di monte Berico domina la città e il panorama consente di fare belle foto. Nelle belle giornate si possono vedere Marostica e il castello che la sovrasta. Una fermata al bar davanti alla chiesa ci consentirà di rifocillarci prima di iniziare la discesa. Il piazzale di monte Berico è un luogo di ritrovo per i giovani, è un luogo fresco e ventilato nelle sere d'estate e offre nel contempo un incantevole colpo d'occhio sulla città. Spesso vi si trovano giovani musicisti che suonano la chitarra o artisti che dipingono scorci di Vicenza vista dall'alto. Ci sono anche due buoni ristoranti per chi vuole gustare qualche specialità locale. Nella foto, sulla destra c'è la basilica di Andrea Palladio con la torre Bissara, sulla sinistra si scorge il Duomo. Sullo sfondo c'è il parco Querini, il più grande spazio verde della città. Veduta del canale che attraversa il prato della Valle, incorniciato lungo i bordi dalla presenza di 78 statue in pietra raffiguranti personaggi illustri. Tutt'intorno si distribuiscono i palazzi nobiliari delle più importanti famiglie padovane e veneziane e si ripartono, tra l'immenso spazio verde, diversi viali e ponti. Il Parco della Valle è oggi teatro di fiere ed eventi culturali.

Português: O largo em frente à Igreja de Monte Bérico controla a cidade e o panorama permite obter belas fotografias. Em dias bonitos pode-se ver Marostica e o castelo que se ergue em frente. Uma parada ao bar em frente à igreja permitirá um descanso antes de começar a descida. Essa praça é um lugar de encontro para os jovens, um lugar arejado e agradável nas noites de verão e oferece uma encantadora visão da cidade. Encontram-se frequentemente jovens músicos que tocam violão ou artistas que pintam paisagens de Vicenza, vistas do alto. Existem dois bons restaurantes para quem quer provar alguma especialidade local. À direita da fotografia está a Basílica de Andrea Palladio com a torre de Bissara; na esquerda, se vê a Catedral e aos fundos o parque Querini, o maior espaço verde na cidade.
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La Basilica (Andrea Palladio)
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La Basilica in piazza dei Signori è uno dei più grandi lavori di Andrea Palladio e venne eretta dove si trovava l'antico tribunale romano. A Palladio venne chiesto di rinforzare la struttura, che nel passare degli anni si stava deteriorando e le sue idee, sviluppate dallo studio delle rovine di Roma, avrebbero messo le basi di tutto il classicismo in architettura. La Basilica fu il primo lavoro importante di Andrea Palladio ed è ora il simbolo di Vicenza. Se date una buona occhiata a mattoni e colonne vedrete che non ce ne sono di uguali uno all'altro. La Basilica venne costruita in due fasi. Palladio venne incaricato di ricostruire l'edificio nel 1546, all'età di 38 anni, ma il secondo ordine di colonne venne completato solo nel 1614, oltre 30 anni dopo la sua morte. La genialità di Palladio si esprime nella sua capacità di mascherare le irregolarità dell'edificio dandogli una forma apparentemente omogenea. Le statue sul bordo del tetto sono dei secoli XVI e XVII.

 Português: A Basílica na Praça dei Signori é um dos maiores trabalhos de Andrea Palladio, erguida onde ficava o antigo tribunal romano. Foi solicitado a Palladio que reforçasse a estrutura, que com o passar dos anos estava se deteriorando. As suas ideias, resultantes do estudo das ruínas de Roma, seriam as bases de toda a arquitetura clássica. A Basílica foi o primeiro trabalho importante de Andrea Palladio e é atualmente o símbolo de Vicenza. Olhando bem os tijolos e colunas pode-se ver que não são iguais. A Basílica foi construída em duas fases. Palladio foi encarregado de reconstruir o prédio em 1546, tinha então 38 anos, mas a segunda ordem de colunas só foi completada em 1614, mais de 30 anos depois de sua morte. A genialidade de Palladio se exprime na sua capacidade de disfarçar as irregularidades da construção dando-lhe uma forma aparentemente homogenia. As estátuas na extremidade do telhado são dos séculos XVI e XVII.

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2.5. Província de Padova (città di Padova)

Algumas recordações da cidade de Padova (Alcuni ricordi del comune di Padova)
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Prato della Valle (Prado do Vale)
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Português: Vista do canal que atravessa o Prado do Vale, tendo ao longo das margens a presença de 78 estatuas em pedra, representes de figuras ilustres. Em todo o redor se distribuem os palácios nobres mais importantes famílias padovanas e venezianas e se repartem, entre o imenso espaço verde, diversas ruas e pontes. O Parque do Vale é hoje teatro de visitas e de eventos culturais.
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Basilica di Sant'Antonio da Padova

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La meravigliosa ed imponente Basilica di Sant'Antonio da Padova, in stile romanico-gotico dall'aspetto pressoché orientale per la presenza di otto cupole che si innalzano imponenti. Nella basilica sono custodite le spoglie di Sant'Antonio ed essa è meta di continui pellegrinaggi di fedeli e turisti.

Português: A maravilhosa e imponente Basílica de Santo Antonio de Padova, em estilo romântico-gótico, de aspecto quase oriental pela presença de oito cúpulas, que se realçam imponentes. Na Basílica estão guardados os restos mortais de Santo Antonio e isso é motivo das continuas peregrinações de fiéis e turistas.
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Basilica di Santa Giustina
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La Basilica di Santa Giustina si innalza imponente al centro del Prato della Valle. Realizzata in cotto essa sfoggia influenze orientali con le sue cupole verdi ed azzurre. Essa fu più volte restaurata e durante il periodo napoleonico divenne una caserma (una parte oggi è ancora dedicata a quest'attività). Nella Basilica ritroviamo numerose opere d'arte di grande rilievo.

Português: A Basílica de Santa Giustina se realça imponente no centro do Prado do vale. Construída em tijolos cozidos ela ostenta influência oriental com suas cúpulas verdes e azuis. Ela foi restaurada mais de uma vez e durante o período napolionico serviu de uma caserna (uma parte hoje é ainda dedicada para esta atividade). Na Basílica são encontradas (guardadas) numerosas obras de arte de grande importância.

2.6. Síntese Selvazano Dentro,PD – Origem da família Gottardo

Regione: Veneto – Zona: Itália Nord Orientale

Situato tra città e campagna, a ovest di Padova, sulla direttrice dei Colli Euganei, Selvazzano com oltre ventimilla abitante, suddivisi in cinqque frazioni(Selvazzano, Tencarola, Caselle, San domenico, Feriole), é oggi il comune più popoloso della provincia, e un importante centro sai dal punto di vista economico sai da quello storico e ambientale.

É stato il fiume Bacchiglione ad accompagnare la storia di questo luogo e dela sua gente, che ne há abitato lê rive sin dela preistoria Furono dapprima gli oprdimi religiosi e poi alcune nobili famiglie padovane e veneziane a prendere prossesso di questa terra rendendola feretile. Testimonianze di queste presenze sono l`antica Pieve di San Michele (oggi auditorium) costruita nell`Alto Medioevo su una necropoli romana, la cinquecentesca Villa Emo Capodilista, porgettata e affrescata da Dario Varotari e la Villa di Melchiorre Cesarotti, illuster letterato dell`Età pre-romantica.

Accanto alle bellezze artistiche e ambientali del territorio, i cittadini e visitatori possono inoltre approfittare di una serie di appuntamentei e incoontri di ogni genere, raggruppati in un denso calendário di iniziative che snoda durante tutto l`anno; rassegne teatrali e musicali, incontri culturali, mostre, serate enogastromiche, feste di piazza, escusioni nei dintorni, manifestazioni sportive, riecazione sorkche in costume, sagre parrocchiali. Tutto questo grazie all`impegno della Pro Loco, dell`Admministrazione Comunale, delle parracchie e delle numerose associazioni locali, unite nel comune objettivo di creare qualcosa de bello e di utile per la própria Comunnità e per gli ospiti.

Sono tanti i motive l,e occasioni per vistare Selvazzano e apprezzare che la città offre.

Venite! Vi aspettiamo.

Renato Carniello (Presidente della Pro Loco)

AG La Mia Guida Turística.

Português: Situada entre cidade e campanha, a oeste de Padova, na direção das Colinas Euganei, Selvazzano, com 20 mil habitantes, subdivide-se em cinco frações (Selvazzano, Tentacarolo, Caselle, San Domenico, Feriole), é hoje a comune mais populosa da província, e um importante centro, seja do ponto de vista econômico, seja no aspecto histórico e ambiental.

Está o rio Bacchiglione a acompanhar a história deste lugar e sua população, que nem habitavam as margens na pré-história. Os primeiros foram as ordens religiosas e depois algumas famílias padovanas e venezianas que tomaram posse desta terra rentável e fértil. Testemunhas desta presença são as antigas igrejas de San Michele(hoje auditório), construída no período medieval sobre uma necrópole romana, a cinqüentenária Vila Ermo Capodilista, projetada e ornada por Dario Varotari e a Vila de Melchiorre Ceasarotti, ilustre literato da idade pré-romântico.

Acalentado pelas belezas artísticas e ambientais do território, as pessoas e os visitantes podem alem disso aproveitar de uma série de observar encontros de cada gênero, reagrupados num denso calendário de iniciativa que se desenvolve durante tudo o ano; peças teatrais e musicais, encontros culturais, mostras, encontros de gastronomia, festas na praça, excursões ao redor, manifestações esportivas, evocações históricas nos costumes, sagrações paroquiais. Tudo isso, graças ao empenho da Pro Loco, da administração do município, das parroquiais e de numerosas associações locais, unidas com objetivo de criar qualquer coisa de belo e de útil para a própria comunidade e para os hospedes.

São tantos os motivos e ocasiões para visitar Selvazzano e apreciar aquilo que a cidade oferece.

Venham! Esperamos você.

Il presidente della Pro Loco, Renato Carniello.
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Selvazzano Dentro si adaglia nela bella regione dei Colli Euganei, in pronvincia di Padova: La cittadina occupa circa 20 km2 (a 18 m.s.l.m) in una dolce pianura di origine alluvionalle da cui se elevano le alture di Montecchia e del Mottolo (rispetttivamente di 44 m e 26 m.s.l.m), estreme propaggini nord-orientali del sistema dei Colli Euganei. Português: Selvazzano Dentro se estende na bela região das Colinas Euganei, na Pronvincia de Padova. A cidade tem cerca de 20 km2 (a 18 m acima do mar) numa doce planície originada da aluvião que elevam a altura em Montecchia e em Mottolo(respetivamente de 44 m e 26 m acima do mar), propaga em extremo ao norte oriental do sistema das Colinas Euganei.
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Selvazzno Dentro - Caselle
Casa paroquial e a igreja
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Selvazzano Dentro (PD) Casa paroquial – zona industrial Motecchia:
 Castelo Emo Capodilista Selvazzano: Escola de Medicina
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Selvazzano Dentro, (PD). Tencarola: Igreja, mercado, ponte da liberdade.
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2.7. IMPRESSÕES DE PADOVA E SELVAZZANO DENTRO.

Martinha Gotardo

Meu amigo Israel Granville solicitou para que escrevesse sobre as minhas impressões da Itália, viagem que fiz em abril de 2009. Fiquei lá por um mês. A solicitação me causou satisfação, mas também preocupação para escrever algo que realmente fosse interessante de ser transmitido.

É claro que cada pessoa tem uma percepção sobre as coisas que vivencia, mesmo que várias pessoas vivenciem a mesma coisa, as percepções são diferentes em decorrência de fatores culturais, vivências pessoais e personalidade de cada um.

Fiquei pensando sobre o que escrever, porque afinal não sou escritora, sou advogada, mas li o livro “Comer, Rezar e Amar”, da escritora Americana Elizabeth Gilbert, que serviu de inspiração. Livro que ganhei de uma amiga, logo depois que voltei da Itália. A escritora narra no livro sua viagem para a Itália, Índia e Indonésia. Como ela narrou sua trajetória colocando suas impressões e teve sucesso, vou fazer o mesmo, narrar a viagem.

Viajei sozinha por trinta dias pela Itália. Já tinha conhecimento da língua italiana, porque ouvia e falava o dialeto italiano, que ainda falam por aqui, na serra gaúcha. Mas antes da viagem estudei por seis meses a língua italiana. Comprei um dicionário italiano e fui. Não tive dificuldade na comunicação, também falo inglês razoavelmente.

Em Padova fiquei num hotel próximo a Estação Central. Chovia e fazia frio, como faz aqui, nos dias de inverno chuvoso. Visitei a Basílica de Santo Antônio, sua construção foi iniciada no ano de 1.238. É uma construção enorme com várias cúpulas, o seu interior tem ar de mistério, pouca claridade, penumbra, ali também está o corpo de Santo Antônio. Eu acredito que meus antepassados conheciam a Basílica, como eu também conheci. Fiquei imaginando se eles iam à missa naquele local, seus sonhos e pensamentos. Pensei que a saída deles da Itália foi por um motivo muito forte.

Em Padova, pedi informação e fui até Selvazzano Dentro, que é uma Província de Padova, na região do Veneto. Fui até lá de ônibus. A cada 15 min passa um ônibus que vai de Padova até Selvazzano Dentro.

Fui até a Paróquia, queria conversar com o padre, para ver se conseguia alguns documentos para meu primo Israel Granville. Não encontrei o padre. Disseram-me que ele só retornaria à tarde.

Então fui até a Prefeitura e rapidamente consegui a certidão de nascimento do meu bisavô, para fazer a cidadania italiana. Fui ao cemitério e lá encontrei muitos túmulos com os sobrenomes Gottardo, Bettio, Pedron, Michelon e outros sobrenomes italianos conhecidos por aqui.

Almocei num restaurante, comi “pasta” (massa) com alho. Em Selvazzano Dentro os comércios abrem às 9 h da manhã e tudo fecha por volta das 12 h e só vai reabrir por volta das 16 h até às 19h30min. É a famosa sesta italiana.

Depois do almoço fui esperar o padre. Bati na porta da canônica e ninguém atendeu. Esperei, fui lá para falar com o padre e não desistiria. Ele deveria estar na sesta. Enquanto esperava, pensava que meus antepassados também tinham estado por ali, atravessado aquele rio, visto crescer aquelas árvores, andado naquelas ruas, entrado naquelas igrejas e construções antigas. Pensei que meus antepassados tinham ajudado a construir as igrejas, inclusive a Basílica de Santo Antônio, mas neste caso, de gerações mais distantes.

O Brasil é o país com o maior número de católicos do mundo, pelo menos por enquanto, porque as outras religiões estão avançando. É comum, pelo menos aqui na serra gaúcha, os católicos contribuírem para a Igreja com o dízimo ou até mesmo fazendo trabalhos voluntários. Pensei que lá, por ser o berço da religião católica, deve ter sido feito da mesma forma. Pensei que deviam ter contribuído com muito dinheiro e trabalho, já que as construções ainda são maravilhosas.

Por volta das 14 h da tarde saiu uma pessoa da canônica e corri para falar com ela. Encontrei, finalmente, o padre, que disse que não podia falar porque tinha que rezar uma missa e entrou no carro. Orientou-me para que escrevesse um bilhete informando o que eu queria e colocasse embaixo da porta. Ligou o carro e saiu. Então escrevi o bilhete com os meus telefones e endereços.

Em Padova fui de ônibus até o cemitério Novanta Padovana e lá encontrei vários mausoléus envolvendo a família Gottardo, possivelmente todos parentes. Penso que eles ficaram felizes com a minha presença. Rezei um pouco e voltei para o hotel.

Os cemitérios que visitei são muito parecidos com os existentes aqui. Quando olhei os diversos túmulos e as fotografias das pessoas, ficava observando se os rostos eram parecidos com os que conheço aqui e que pertencem a minha família. Os italianos, em geral, foram muitos gentis e sempre me auxiliaram com informações.

Quando voltei para Bento Gonçalves, numa manhã, recebi uma ligação de alguém que se identificou e falou que o padre pediu que entrasse em contato. Disse que fazia busca de documentos na Itália e que poderia ajudar.

No dia seguinte fui para Veneza. Também fui para as ilhas de Murano e Burano. Lá encontramos os famosos cristais de Murano. Entendi o motivo de me perguntarem se não tinha medo de viajar sozinha pela Itália. Muitos italianos me faziam esta pergunta. Então resolvi perguntar o porque deveria ter medo de viajar pela Itália, se até então nada tinha me acontecido. Eles riram e disseram que eu podia ser seqüestrada. Em Veneza pedi para os Gondoleiros colocarem o chapéu para bater uma foto, mas eles não aceitaram. A foto ficaria tão bonita! Desisti da foto.

Fiquei no hotel em Padova, de manhã ia de trem até Veneza, o hotel de Padova era bom e mais barato do que os hotéis de Veneza. A passagem de trem custava um euro e podia ser usada em qualquer horário. A cada 15 min um trem parte de Veneza para Padova. No último dia, fiquei até tarde em Veneza, caminhei nos labirintos da cidade. Já eram 10 h da noite quando retornei para Padova, estava muito cansada e cometi um atentado contra a maravilhosa comida italiana, comi no MC Donalds, porque era mais rápido, estava cansada e com muita fome. Comer em restaurante à maneira italiana é um ritual.

Um dos aeroportos de Veneza se chama Aeroporto Nicelli, o sobrenome de minha mãe também é Nicelli. O meu sobrenome é Gotardo, mas meus antepassados tinham dois “t”, era escrito Gottardo.

Voltarei à Itália, mas gostaria de já ter, na próxima oportunidade, reconhecida a cidadania italiana. Na Itália me senti em casa. Io sono una italiana. Bacci a tutti italiani!!!

Martinha é da terceira geração nascida no Brasil, descendente de Giulio Pasquale Gottardo (filho de Bortolo Gottardo e Regina Zampiron) e Joanna Fávero, advogada, residente e domiciliada em Bento Gonçalves, RS. A família Gottardo, originária de Selvazzano Dentro, chegou ao Brasil em 03.03.1887, estabelecendo-se na localidade de Barão do Rio Branco, Município de Alfredo Chaves, RS, atual Veranópolis, RS. Com certeza, a visita de Padova e Selvazzano Dentro, deve ter sido momento muito especial, depois de pouco mais de 120 anos, alguém diretamente ligado à família, voltar à terra natal dos antepassados.